Mesmo a expressão sendo forte fiz questão de trazê-la para o blog apenas a título de reflexão, já que este estado situacional acontece em algumas instituições de ensino que na sua grande maioria podem ser classificadas como privadas ou semi-privadas.
Logo quando a palavra massagista foi dita me perguntei: "Quando vou ao massagista?" Então, busquei em minha lembrança as poucas vezes que procurei a Naturóloga que atende nossa família para uma massagem. Na grande parte das vezes fui a procura de uma alívio para a minha dor, seja nas costas, na cabeça, nas pernas; e, sabedor que muitas das vezes estas dores haviam sido provocadas pelo estresse.
Lembrei também que tive um aluno que me dizia: "professor, pensar doi", ao mesmo tempo que lembro da dificuldade que eu tinha de ficar sentado 4 horas nas aulas de geografia e história em meu ensino fundamental. Muitas vezes me levantava e ficava ao lado da classe, mas já era intimado a sentar-me.
Qual a razão desta mistura toda? Você pode estar pensando. Então reflita comigo. O nosso processo educacional em sua grande maioria é calcado na quantidade de "bunda-cadeira-hora-quadro branco/preto-transparência-slide" na qual em 99% das vezes por mais conhecimento, experiência, habilidade e estratégias que o professor por conhecer e utilizar pode não contentar a todos os alunos. Cabe um parênteses. Aluno quer dizer ser sem luz, então trocamos por acadêmicos. Eu chamarei de participante ou partícipe, ou seja alguém que é contribuinte para o ensino e apresendizagem de ambas as formas e flancos.
Fechando o parênteses. A tal equação "bunda....." em sua grande maioria não se faz agradável, prazerosa, gostosa, saborosa ou qualquer outra expressão que quisermos dar para nos referirmos a algo que gera prazer. Para melhorar o cenário grande parte das salas de aulas são desanimadas, ou seja sem alma, visto que a palavra alma tem seu radical e anima. São paredes brancas ou beges, nenhum quadro a não ser o branco/preto e o mural acanhado na parede perto da porta de saída. Pode observar, a porta em uma sala de aula ou em um espaço de aprendizagem sempre tem sempre a conotação de saída. Todos que entram querem ficar perto da porta, pensando que o professor ou o massagista não irá observar que de repente uma cadeira cheia ficou vazia.
A estética acolhedora, o bem estar que faz muito bem tanto para a ergonomia do corpo quanto para acalmar a alma fazendo com que o cérebro possa abrir-se para receber as informações esta faltando.
Tive um epsódio em uma das minhas turmas das manhãs de segunda-feira na qual entrava na sala antes de iniciar as aulas e os alunos sempre estavam com as janelas fechadas e a luz apagada. Todos tinham cara de sono ou estavam debruçados sobre a classe dormindo.
Durante 3 semanas observei aquele estado de inércia ou de sono mesmo, quem sabe; foi então, que em uma destas manhãs antes de finalizar a aula pedi que fizessemos um acordo de massagistas. O primeiro que entrasse na sala abriria as janelas e acenderia a luz. Hoje observo ainda algumas salas até às 10 horas da manhã com as janelas fechadas e a luz apagada.
Como a educação de certa forma se tornou para alguns uma obrigação social, ou de status; e, ainda para perpetuar a especia familiar, já que pais ainda penssam que os filhos devem ter a mesma profissão que as suas, ou seja, perpetuar a espécie. Muitos dos nossos participantes estão naquele local com dor. Com dor de ter deixado de ir a praia nos dias de sol, com dor de ter que acordar cedo, com dor de não poder fazer um happy hour no final da tarde.
Mais triste é que aqueles que deveriam tirar a dor de forma preventiva, fazem com que os participantes tenham mais sofrimento. Experimente dizer para um massagista que o data show que havia reservado queimou a lâmpada e não poderá ser usado. Ou que o xerox não ficou pronto.
Muitos vão perder os cabelos e não saber o que fazer com os participantes ou contarão suas histórinhas de viagens de lazer, que pouco interessam que está sentado na maca dura e desconfortável.
Como fazer se nunca fez? Como ensinar, se mal aprendeu? Como transpor experiências se nunca esteve no mercado de trabalho atuando em sua profissão? Então, volto a reflexão dos massagistas de cérebro. Durante o período da consulta finge-se que ensina e o participante que muitas vezes é um paciente, na conotação de passividade finge que escuta, que presta a atenção e principalmente que aprende. A dor vai passar na hora e depois volta. Ou seja, daqui um semestre, um ano aquele conhecimento que foi absorvido (como esponja mesmo) será esquecido, por que jamais foi contextualizado.
O pior é que ainda temos as quick massages, ou seja aquelas rápidinhas que servem para quase nada, mas que estão por ai desfocadas das necessidades das pessoas, profissionais e mercados, mas servem para o capricho de alguns iluminados.
Ou se entende o que realmente é educação de qualidade ou estas instituições terão sérios problemas; e, pior transferirão seus problemas para os alunos, acadêmicos, participantes e principalmente para a sociedade de maneira geral, pois hoje tudo é uma virose.
Achar que esta situação é normal e que tudo se transforma em um processo, corre-se o risco de ficar apenas no processamento e o fluxo da massagem continua. Paliativos para aliviar a dor. A dor da ignorância de alguns em detrimento do tempo e dinheiro de outros.
Salve-se quem puder, ou busque quem te