quinta-feira, 26 de maio de 2011

Chama um taxi. Uma relação essencial para o turismo de eventos

Na segunda semana de maio tive a oportunidade de minsitrar uma palestra no 10 Fórum Internacional de Esportes, realizado na cidade de Florianópolis. A temática de minha explanação foi sobre Eventos Turísticos e trarei para o blog um dos slides que falam sobre a importância do serviço de taxi para o turismo de eventos.

Trouxe para ilustrar uma matéria do jornal Diário Catarinense, na qual retratava uma pesquisa sobre o perfil do turista de eventos na cidade de Florianópolis. Seu título descrevia que o serviços de taxi na cidade foram os serviços com uma menora satisfação por parte dos turistas de eventos usuários deste tipo de transporte.

Neste sentido e direcionado a este foco contei uma pequena historinha de uma de minhas viagens acontecida nas cidades de Roma e Napoles, na Itália. Vamos a ela.

Ao chegar na cidade de Roma após quase dois dias trancafiado em salas de embarques e aviões abrem-se as portas do aeroporto internacional de Roma para a cidade e fui abordado por um italiano de terno preto, barba desenhada, aqueles que se vissemos em um filme diríamos que era da máfia ou algo do gênero. Então, o cidadão pegou minha mala sem perguntar e já foi arrantando-a a um carro preto, que creio ser um taxi executivo, dizendo algumas palavras em italiano que eu pouco entendia. Quando consegui entender já estava quase dentro do carro. foi então que solicitei que soltasse a minha mala e que eu não teria interesse em ter seus serviços. Busquei um taxi com bandeiras oficiais da cidade e ocorreu tudo bem.

Depois de dois dias em Roma fui de trem para Napoles. Na estação de trem procurei novamente um taxi e perguntei o valor que custava da cidade de Napoles a cidade de Ravello, aproximadamente 1 hora de viagem. O taxista me informou que o valor era de 150 Euros. Como só tinha o equivalente a 80 Euros informei-o e pedi que me levasse atéa cidade e nela retiraria o restante do valor.

Minha proposta parece que foi uma ofensa. O taxista recrutou seus colegas que estavam aguardando passageiros e começaram a discutir comigo. Um deles arranca da parte de trás do banco do motorista uma tabela plastificada e apontava o valor da corrida.

Como não tinha o dinheiro suficiente e não aceitaram minha proposta, fiz o que imagino que qualquer um faria. Sentei em minha malapara esperar os ânimos acalmarem-se. Neste meio tempo um senhorzinho olhou-me e disse: "Brasileiro. eu faço para você por 80 euros". Neste momento, os taxistas retomam sua conferência e agora começam a reclamar com o colega taxista.

Neste momento logo pensei. Pronto, depois de tudo isto, com certeza serei roubado pelo taxista. Grande ilusão. Durante 1 hora o senhorzinho de quase 70 anos foi apresentando-me as atrações turísticas da região e me largou na porta da casa na qual eu ficaria na cidade.

Naquele momento me senti seguro, confortável e impressionado com a disponibilidade do taxista e isto se faz muito importante para quem chega em qualquer lugar do mundo e não tem noção nem mesmo de onde está e qual será o caminho para chegar em seu local de referência.

Esta pequena passagem na qual eu fui o protagonista faz refletirmos o quanto os taxistas são importantes para o turismo de eventos; e, o quanto muitas vezes não damos a atenção devida a este tipo de serviço.

Comentei também também na palestra que sempre queremos capacitá-los sem nem sabermos se realmente é isto que desejam. Navegando pela internet encontrei um vídeo da TEDx Buenos Aires na qual mostra como a instituição TED e os organizadores do evento trataram os taxistas da cidade. Confira.



O entendimento que os pretadores de serviços da cidade são peças fundamentais na disseminação não somente da comunicação e marketing do evento, mas também dos conteúdos faz com que a dimensão do evento seja maximizada, ao mesmo tempo que convidar os taxistas para participar do evento gera uma sensação de pertencimento e unidade, na qual este irá incorporar o que esta acontecendo e ao mesmo tempo tratará seus cliente de forma diferenciada.

Capacitar apenas colocando-os em salas de aula, ajuda mas não resolve, pois a percepção é que há uma necessidade de aprendizado; e, estas necessidades devem ser apresentadas vivencialmente gerando desta forma uma significânica, na qual o entendimento é diferenciado.

Sendo assim, ser importante é portar para dentro, ou seja, trazer para dentro de seua evento todos que atuam, para que estes possam além de se sentirem importantes, por que realmente são; saberão efetivamente qual a importância de suas ações cotidianas.