quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Eventos e as Redes Sociais

As redes sociais são um dos maiores fenômenos da comunicação e marketing nestes últimos anos, visto que sua utilização que inicialmente estava na composição dos relacionamentos sociais hoje possui diversos tipos de utilização, seja corporativa, de promoção, de pesquisa e outras formas que a cada dia se transforma.

A utilização das redes sociais para eventos e como estratégias de marketing são consideradas como uma ação que não pode deixar mais  de existir no composto de comunicação e marketing das empresas promotoras e organizadoras de eventos, bem como que qualquer empresa.

Especificamente para eventos a utilização das redes sociais como facebook, twitter, orkut, flickr, youtube e outras estão compondo todas as fases da gestão do evento e se desenvolvendo de forma alinhada ao conceito bellow the line.

Na fase inicial do evento constituída pela concepção e  dimensionamento, as redes socias são utilizadas como ferramenta para a determinação das necessidades e desejos, bem como do dimensionamento do target.

Na fase de criação do produto, as redes sociais se vinculam ao desenvolvimento de ações relacionamento entre os possíveis stakeholders.

Na fase de comercialização acontece o momento de ativar a comunicação, visto que o conteúdo e os stakeholders já estão definidos. A ativação da comunicação e marketing  nas redes sociais podem ser categorizadas como redes de relacionamentos; disseminação de informações pontuais; apresentação de resultados; geração e interação de conteúdos; compartilhamento de imagens, vídeos e sons. Se bem dimensionada e trabalhada as redes podem potencializar as inscrições de participantes do evento, aumentando a receita e gerando novos expectadores de outras esferas geográficas tanto no quesito presencial quanto virtual.

Durante a pré-produção do evento as ações podem ser desenvolvidas no foco de Assessoria de Imprensa on line, na atualização de dados de conteúdo e de mídia. Pode também ampliar o espectro das inter-relações entre os participantes buscando identificar as espectativas e iniciar discussões pré-evento.

Na fase de produção do evento, ou seja quando as ações iniciam na sede de sua realização, as redes atuam de forma a comunicar os acontecimentos em tempo real, por meio virtual, possibilitando aos expectadores que não poderam estar no local do evento ou que escolheram a forma virtual de participação, acompanhar as ações e interagir.

Durante o pós-evento as redes auxiliam no prolongamento do evento, sendo um meio de perpetuar discussões, conteúdos e na criação de grupos de diálogos, bem como na fidelização dos participantes e na agregação de novos participantes para futuras ações. Estar junto as redes sociais e atuando de forma direcionada ao target faz com que se obtenha resultados maximizados, visto a possibilidade de amplitude gerada pelas redes. 

 

domingo, 14 de novembro de 2010

Minha diarista é pós-industrial

Liliane é uma paraense que esta ensinando sua família a ser pós-industrial mesmo sendo diarista; trabalha por que gosta e consegue viver do seu jeito e ser feliz ao mesmo tempo. Depois de meu período sabático em 2007 no sul da Itália junto ao escritor do livro Ócio Criativo, o sociólogo Domenico De Masi, voltei a Brasil convicto que poderia manter as coisas que eu fazia na Itália e ainda transformar as formas de trabalho e vida de minha esposa, visto que ela é também um mente-de-obra.

Depois de algum treinamento intensivo Fernanda, minha esposa conseguiu compreender que as coisas prazerosas podem ser feitas juntamente com o trabalho; que o trabalho pode virar algo que lhe gere conhecimento e informações ao mesmo tempo que pode ter um tempo menor do que estamos acostumados. Então, depois de algum tempo a compreensão se manifestou na prática e hoje ao invés de ser dominada pelo relógio e pelas ocupações enfadonhas Fernanda antede seus alunos de Língua Inglesa de acordo com a demanda e com as possibilidades, tanto deles, quanto dela. O mais interessante é que trabalha menos, se estressa menos, aprende mais, se relaciona melhor e para completar, ganha mais do que ganhava antes, quando trabalhava em franquias ou escolas. Pode ainda utilizar seu tempo livre para fazer pilates, cuidar do filho, levar a cachorra na petshop e fazer naturologia.

Parece fácil não é mesmo? Que nada! levei alguns meses para fazer com que deixasse a escola e entendesse que a vida é curta e precisa ser aproveitada ao máximo; e, que o espaço de trabalho não existe mais, que tempo é algo realmente relativo, como já dizia aquele cara da língua de fora do do cabelo arrepiado. Mas se desvenciliar das amarras de uma mesa para sentar, de um chefe para cutucar e de uma horário para cumprir é complicado. os sociólogos poderiam chamar isto de alienação.

Agora o que eu não esperava era que Liliane nossa diarista fosse industrial sem mesmo ter lido uma linha de Domenico De Masi, Ricardo Senler ou qualquer outro autor que fale sobre trabalho pós-industrial. Quando fizemos o nosso contrato de trabalho, dissemos: você pode chegar perto das 7h30m e ficar até a hora que terminar o trabalho e se quiseres te damos uma carona antes de deixar o pequeno no colégio, que fica por acaso perto da sua casa. Não precisa vir aos sábados e quando precisarmos combinamos antecipadamente quando é necessário ficar mais ou menos tempo, almoça conosco.

Coisa boa não é mesmo?. O pior é que pensamos que ela não iria aceitar, pois quando se fala em não ter horário para chegar, se fala também em não ter horário para sair. Ela aceitou e começamos então a vigorar o nosso contrato.

Chega cada dia em um horário diferente, mas sempre antes das 8 da manhã. Faz todo o trabalho e volta e meia esta pronta antes de nós para sairmos para a escola do João Vitor. Trabalha em outros lugares sem nada fixo para completar a renda. É apaixonada pelos nossos animais de estimação e chama nosso filho de filho. Cuida da casa que é um beleza e adora cozinhar. Faz aquilo com um prazer danado. Escuta música, canta e limpa que é um espetáculo.  Faz escambo, por que troca com as suas patroas sua faxina pro produtos de beleza e esta sempre "embonecada". Muitas vezes ouvimos ela ao telefone conversando com sua família e dizendo que está feliz, que trabalha pouco, ganha para viver bem e conta que tá fazendo até academia.

Seus irmão volta e meia lhe dizem que este trabalho não é trabalho. Aqui tá a peça chave. Entendemos trabalho como algo penoso, que desgasta, cansa e tortura. Alguns realmente são assim, mas cabe ao sujeito criar um modelo mental que possa alterar sua atitude frente a ação laboral.

É o que Liliane faz. Precisa trabalhar, não é letrada, mas tem sabedoria e consegue entender que quanto melhor for a sua faxina, quanto mais organizado for o guarda-roupas do cliente, mas ela pode cobrar e menos precisa trabalhar. Uma lógica simples e que se vincula ao profissionalismo e a excelência na prestação de serviço. Imaginemos se Liliane tivesse a oportunidade de ler o Ócio Criativo. Melhor nem pensar, senão perderia a nossa diarista, que virou mensal.

Aquela percepção de um lugar para sentar e colocar o casaco nos dias de frio tende a cada dia acabar. O tempo de trabalho como eram classificados pelos autores de lazer e recreção, dividindo-o em trabalho e tempo livre, creio que não vai mais existir.

Fernanda e Liliane não sofrem de estresse, L.E.R e demais doenças da aceleração. Seus chefes que 99% são seus clientes entendem se chegarem atrasados por causa do trânsito ou por que o filho ou sobrinho ficaram doentes.

Dizia dia destas a meus alunos: Quando alguém é excelente em sua profissão, ou seja faz melhor que os demais, todos entendem e relevam alguns atrasos, faltas e coisas do gênero, por que se sabe que será difícil achar um outro cérebro ou serviço do mesmo nível. Agora quando se é igual aos demais, não tem jeito não; terás que bater o ponto e muitas vezes ficar esperando a hora passar para ir para casa.

A formula é simples. Excelência e visão de que tudo isto que vivemos é transitório.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Porque empresas investem em eventos?

Responder esta pergunta não é algo muito fácil se compreendermos que as formas de relações entre empresas e clientes se dão simplesmente de maneira tradicional, ou seja, a empresa possui produtos e serviços e os seus clientes os consomem.

No mundo corporativo em que vivemos falar em eventos é falar para algumas empresas de questões estratégicas e que geram valor ao negócios, mesmo que este não seja vinculado ao mercado de eventos. Assim como as empresas vem se transformando a cada dia para atender as necessidades e desejos dos clientes, mercados e a sustentabilidade financeira e do planeta, a área de marketing passou por diversas transformações nestes últimos 5 anos.

Das tradicionais ferramentas que compunham o above the line, ou seja, aquelas que se pagavam muito para se destacar e ficar próximos dos clientes, como TV, outdoors, anúnicio pagos e outras formas de publicidade e propaganda, os eventos deixaram de ser uma pequena parte do marketing para se tranformar na principal ferramenta de marketing para algumas corporações.

Se pensarmos que algumas cidades do Brasil possuem legislações especificas que restringem a veiculação e fixação de determinadas ferramentas, como: outdoors, publicidade móvel e outras, estes valores de investimento em sua grande parte são direcionados para outras possibilidades de visibilidade de marcas, produtos e serviços.

Creio que estes parágrafos ainda não contemplam uma resposta para o questionamento do título desta postagem. Quando alguém em minha corporação me pergunta o por que dos eventos eu logo respondo: "os eventos são possibilidades de agregar valor ao negócio possibilitando uma maior inter-relação entre empresas e seus stakeholders, ou seu target, aumentando o tempo de contato, projetando experiências, gerando fidelidade, entretenimento, formação e capacitação e principalmente criando um espaço na qual a empresa irá conhecer de forma efetiva seus clientes, colaboradores, fornecedores e parceiros de negócios"

Além disso os eventos fomentam possibildiades de negócios quando as empresas participam de feiras, road shows, rodadas de negócios e eventos de relacionamento. As empresas estão iniciando um compreensão de que  necessitam mensurar o ROI - resultado sobre o investimento, bem como compreenderem que dar visibilidade a marca e fazer relacionamentos são apenas algumas das possibilidades dos eventos corporativos.

As empresas podem se beneficiar de outros indutores de consumo como os eventos nos esportivos, na qual o evento  acaba sendo apenas um componente da estratégia de marketing e que este irá possibilitar  o consumo de determinado produto no futuro, como camiseta de um determinado jogador. O mesmo acontece com grupos educacionais quando estes realizam eventos direcionados a targets muito específicos aprensentando os serviços educacionais para quem ainda nem mesmo chegou naquele determinado nível escolar.

Se faz eventos para atender as mais deversas necessidades e desejos, mas em tempos de economias enxutas e agressivas quando se faz evento em ambito corporativo a equipe da área de finanças ficam antenadas aos números verdes e vermelhos. Neste caso duas situações aparecem: primeira; quandos e fala de agregar valor se fala de investimento a curto prazo; e, que pode gerar resultados a médio e longo prazo, ou seja, o evento apresenta-se como um investimento; a segunda situação se dá quando a empresa compreende o evento como um negócio, desta formo investe a curto prazo para ter retorno a curto prazo, já que os eventos são extremamente pontuais e muitas vezes findam-se em poucos dias.

Números de participantes, contatos realizados, clippagem, avaliações quantitativas e qualitativas por participantes, patrocinadores e proponentes do evento, resultados financeiros positivos, juntamente com políticas definidas para eventos nas organizações são ações que tornam a cada dia mais importante  e consolidam a área de eventos nas empresas.