quinta-feira, 26 de maio de 2011

Chama um taxi. Uma relação essencial para o turismo de eventos

Na segunda semana de maio tive a oportunidade de minsitrar uma palestra no 10 Fórum Internacional de Esportes, realizado na cidade de Florianópolis. A temática de minha explanação foi sobre Eventos Turísticos e trarei para o blog um dos slides que falam sobre a importância do serviço de taxi para o turismo de eventos.

Trouxe para ilustrar uma matéria do jornal Diário Catarinense, na qual retratava uma pesquisa sobre o perfil do turista de eventos na cidade de Florianópolis. Seu título descrevia que o serviços de taxi na cidade foram os serviços com uma menora satisfação por parte dos turistas de eventos usuários deste tipo de transporte.

Neste sentido e direcionado a este foco contei uma pequena historinha de uma de minhas viagens acontecida nas cidades de Roma e Napoles, na Itália. Vamos a ela.

Ao chegar na cidade de Roma após quase dois dias trancafiado em salas de embarques e aviões abrem-se as portas do aeroporto internacional de Roma para a cidade e fui abordado por um italiano de terno preto, barba desenhada, aqueles que se vissemos em um filme diríamos que era da máfia ou algo do gênero. Então, o cidadão pegou minha mala sem perguntar e já foi arrantando-a a um carro preto, que creio ser um taxi executivo, dizendo algumas palavras em italiano que eu pouco entendia. Quando consegui entender já estava quase dentro do carro. foi então que solicitei que soltasse a minha mala e que eu não teria interesse em ter seus serviços. Busquei um taxi com bandeiras oficiais da cidade e ocorreu tudo bem.

Depois de dois dias em Roma fui de trem para Napoles. Na estação de trem procurei novamente um taxi e perguntei o valor que custava da cidade de Napoles a cidade de Ravello, aproximadamente 1 hora de viagem. O taxista me informou que o valor era de 150 Euros. Como só tinha o equivalente a 80 Euros informei-o e pedi que me levasse atéa cidade e nela retiraria o restante do valor.

Minha proposta parece que foi uma ofensa. O taxista recrutou seus colegas que estavam aguardando passageiros e começaram a discutir comigo. Um deles arranca da parte de trás do banco do motorista uma tabela plastificada e apontava o valor da corrida.

Como não tinha o dinheiro suficiente e não aceitaram minha proposta, fiz o que imagino que qualquer um faria. Sentei em minha malapara esperar os ânimos acalmarem-se. Neste meio tempo um senhorzinho olhou-me e disse: "Brasileiro. eu faço para você por 80 euros". Neste momento, os taxistas retomam sua conferência e agora começam a reclamar com o colega taxista.

Neste momento logo pensei. Pronto, depois de tudo isto, com certeza serei roubado pelo taxista. Grande ilusão. Durante 1 hora o senhorzinho de quase 70 anos foi apresentando-me as atrações turísticas da região e me largou na porta da casa na qual eu ficaria na cidade.

Naquele momento me senti seguro, confortável e impressionado com a disponibilidade do taxista e isto se faz muito importante para quem chega em qualquer lugar do mundo e não tem noção nem mesmo de onde está e qual será o caminho para chegar em seu local de referência.

Esta pequena passagem na qual eu fui o protagonista faz refletirmos o quanto os taxistas são importantes para o turismo de eventos; e, o quanto muitas vezes não damos a atenção devida a este tipo de serviço.

Comentei também também na palestra que sempre queremos capacitá-los sem nem sabermos se realmente é isto que desejam. Navegando pela internet encontrei um vídeo da TEDx Buenos Aires na qual mostra como a instituição TED e os organizadores do evento trataram os taxistas da cidade. Confira.



O entendimento que os pretadores de serviços da cidade são peças fundamentais na disseminação não somente da comunicação e marketing do evento, mas também dos conteúdos faz com que a dimensão do evento seja maximizada, ao mesmo tempo que convidar os taxistas para participar do evento gera uma sensação de pertencimento e unidade, na qual este irá incorporar o que esta acontecendo e ao mesmo tempo tratará seus cliente de forma diferenciada.

Capacitar apenas colocando-os em salas de aula, ajuda mas não resolve, pois a percepção é que há uma necessidade de aprendizado; e, estas necessidades devem ser apresentadas vivencialmente gerando desta forma uma significânica, na qual o entendimento é diferenciado.

Sendo assim, ser importante é portar para dentro, ou seja, trazer para dentro de seua evento todos que atuam, para que estes possam além de se sentirem importantes, por que realmente são; saberão efetivamente qual a importância de suas ações cotidianas.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Massagistas de Cérebros: uns dizem que ensinam e outros dizem que aprendem

É muito comum no meio estudantil a expressão "o professor finge que ensina e o aluno finge que aprende" que circulam corredores e salas de professores de instituições educacionais. Porém, em um encontro com um grupo de professores neste último mês de março na qual conversavamos sobre a inclusão precoce de egressos de graduação na docência do ensino superior, um dos meu colegas trouxe uma expressão no mínimo curiosa. Ele dizia: "São meros massagistas de cérebro".

Mesmo a expressão sendo forte fiz questão de trazê-la para o blog apenas a título de reflexão, já que este estado situacional acontece em algumas instituições de ensino que na sua grande maioria podem ser classificadas como privadas ou semi-privadas.

Logo quando a palavra massagista foi dita me perguntei: "Quando vou ao massagista?" Então, busquei em minha lembrança as poucas vezes que procurei a Naturóloga que atende nossa família para uma massagem. Na grande parte das vezes fui a procura de uma alívio para a minha dor, seja nas costas, na cabeça, nas pernas; e, sabedor que muitas das vezes estas dores haviam sido provocadas pelo estresse.

Lembrei também que tive um aluno que me dizia: "professor, pensar doi", ao mesmo tempo que lembro da dificuldade que eu tinha de ficar sentado 4 horas nas aulas de geografia e história em meu ensino fundamental. Muitas vezes me levantava e ficava ao lado da classe, mas já era intimado a sentar-me.

Qual a razão desta mistura toda? Você pode estar pensando. Então reflita comigo. O nosso processo educacional em sua grande maioria é calcado na quantidade de "bunda-cadeira-hora-quadro branco/preto-transparência-slide" na qual em 99% das vezes por mais conhecimento, experiência, habilidade e estratégias que o professor por conhecer e utilizar pode não contentar a todos os alunos. Cabe um parênteses. Aluno quer dizer ser sem luz, então trocamos por acadêmicos. Eu chamarei de participante ou partícipe, ou seja alguém que é contribuinte para o ensino e apresendizagem de ambas as formas e flancos.

Fechando o parênteses. A tal equação "bunda....." em sua grande maioria não se faz agradável, prazerosa, gostosa, saborosa ou qualquer outra expressão que quisermos dar para nos referirmos a algo que gera prazer. Para melhorar o cenário grande parte das salas de aulas são desanimadas, ou seja sem alma, visto que a palavra alma tem seu radical e anima. São paredes brancas ou beges, nenhum quadro a não ser o branco/preto e o mural acanhado na parede perto da porta de saída. Pode observar, a porta em uma sala de aula ou em um espaço de aprendizagem sempre tem sempre a conotação de saída. Todos que entram querem ficar perto da porta, pensando que o professor ou o massagista não irá observar que de repente uma cadeira cheia ficou vazia.

A estética acolhedora, o bem estar que faz muito bem tanto para a ergonomia do corpo quanto para acalmar a alma fazendo com que o cérebro possa abrir-se para receber as informações esta faltando.

Tive um epsódio em uma das minhas turmas das manhãs de segunda-feira na qual entrava na sala antes de iniciar as aulas e os alunos sempre estavam com as janelas fechadas e a luz apagada. Todos tinham cara de sono ou estavam debruçados sobre a classe dormindo.

Durante 3 semanas observei aquele estado de inércia ou de sono mesmo, quem sabe; foi então, que em uma destas manhãs antes de finalizar a aula pedi que fizessemos um acordo de massagistas. O primeiro que entrasse na sala abriria as janelas e acenderia a luz. Hoje observo ainda algumas salas até às 10 horas da manhã com as janelas fechadas e a luz apagada.

Como a educação de certa forma se tornou para alguns uma obrigação social, ou de status; e, ainda para perpetuar a especia familiar, já que pais ainda penssam que os filhos devem ter a mesma profissão que as suas, ou seja, perpetuar a espécie. Muitos dos nossos participantes estão naquele local com dor. Com dor de ter deixado de ir a praia nos dias de sol, com dor de ter que acordar cedo, com dor de não poder fazer um happy hour no final da tarde.

Mais triste é que aqueles que deveriam tirar a dor de forma preventiva, fazem com que os participantes tenham mais sofrimento. Experimente dizer para um massagista que o data show que havia reservado queimou a lâmpada e não poderá ser usado. Ou que o xerox não ficou pronto.

Muitos vão perder os cabelos e não saber o que fazer com os participantes ou contarão suas histórinhas de viagens de lazer, que pouco interessam que está sentado na maca dura e desconfortável.

Como fazer se nunca fez? Como ensinar, se mal aprendeu? Como transpor experiências se nunca esteve no mercado de trabalho atuando em sua profissão? Então, volto a reflexão dos massagistas de cérebro. Durante o período da consulta finge-se que ensina e o participante que muitas vezes é um paciente, na conotação de passividade finge que escuta, que presta a atenção e principalmente que aprende. A dor vai passar na hora e depois volta. Ou seja, daqui um semestre, um ano aquele conhecimento que foi absorvido (como esponja mesmo) será esquecido, por que jamais foi contextualizado.

O pior é que ainda temos as quick massages, ou seja aquelas rápidinhas que servem para quase nada, mas que estão por ai desfocadas das necessidades das pessoas, profissionais e mercados, mas servem para o capricho de alguns iluminados.

Ou se entende o que realmente é educação de qualidade ou estas instituições terão sérios problemas; e, pior transferirão seus problemas para os alunos, acadêmicos, participantes e principalmente para a sociedade de maneira geral, pois hoje tudo é uma virose.

Achar que esta situação é normal e que tudo se transforma em um processo, corre-se o risco de ficar apenas no processamento e o fluxo da massagem continua. Paliativos para aliviar a dor. A dor da ignorância de alguns em detrimento do tempo e dinheiro de outros.

Salve-se quem puder, ou busque quem tem competência instalada não só na cabeça, mas no corpo e na alma, pois como diza Aristóteles "Nós somos aquilo que fazemos repetidas vezes, repetidamente. A excelência portanto não é um feito, mas um hábito".

segunda-feira, 21 de março de 2011

Networking: como os eventos podem potencializar sua rede?

Os participantes de eventos na sua grande maioria segundo dados estatísticos pautam suas participações no conteúdo do evento, sendo este um motivo de escolha de participação ou não. Além dos conteúdos apresentados no evento e que previamente são definidos pela programação, listando as conferências, palestras e outras ações que acontecerão, uma das atividades que tem sido valorizada e que compõem oficialmente o rol de ações de um programa são as atividades de networking.

Neste sentido, as ações podem prever diversas dimensões no mesmo evento. Relacionamento entre empresas-empresas, que vulgarmente poderíamos adaptar o conceito de B2B para eventos, empresas-participantes, na qual os participantes do evento criam relacionamentos com as empresas apoiadoras, patrocinadoras ou geradoras de conteúdos para o evento, adaptação de B2C para eventos; participante-participante, na busca de relacionamentos focados nas áreas de interesses de negócios, C2C; e, por fim, mas não por último, já que os níveis de relacinamentos pode se dar de diversas formas, o relaiconamento entre participantes-empresas e palestrantes/conferencistas, que poderíamos criar a sigla S2B ou S2C (speaker to business ou speaker to costumer).

Uma das formas mais clássica de fazer networking era a troca de cartões e contatos, porém com o desenvolvimento tecnológico muitas ferramentas foram criadas como objetos de captação de informações, que não quer dizer relacionamento em um primeiro momento, visto que os eventos são uma das formas mais eficazes de aproximação da empresa ao cliente, considerando o seu poder face-to-face.

Creio que uma das ferramentas mais completas que eu pude ter conhecimento é a Spotme, criada para o desenvolvimento específico de networking em eventos. Confira o vídeo abaixo:



Resumidamente o sistema possibilita de forma completa o tráfego de informações entre o target do evento, na qual suas funções geram muito mais que as informações contidas no clássico cartão de visitas. Como o vídeo apresenta além das suas informasções, você pode trocar informações com os demais, marcar reuniões com possíveis parceiros de negócios e temáticas, buscar pessoas como um radar, saber de todas as informações e programações do evento, selcionando aquelas que você acredita ser mais importante sua participação, registra suas anotações, interage nas palestras e conferências, obtem informações sobre a cidade e mais uma série de ações que um pequeno aparelho com um bom sistema pode gerar.

Este tipo de ação possibilita de forma muito facilitada o desenvolvimento de redes de relacionamento durante o período do evento, porém o pré e o pós podem ser pensados diante da realidade do social midea e todas as ferramentas existentes para a criação destes contatos.

Independente das formas, estratégias e ferramentas, bem como dos locais onde isto ocorra fazer networking é essecncial para a carreira profissional com atuação em qualquer área. Então, mãos-a-obra.

quinta-feira, 3 de março de 2011

A Aventuras de Darci e a Gestão Empresarial: errar junto ou acertar sozinho?

Hoje pela manha me dirigia para o trabalho quando escutei na rádio as Aventuras de Darci,um manezinho da Ilha de Santa Catarina que semanalmente conta as suas aventuras na rádio Atlântida FM, do Grupo RBS. Darci nada mais é do que o bom e velho manezinho da ilha que espantado com toda a velocidade do mundo e transformação da sua velha cidade passa por poucas e boas.

Toda vez que passa a vinheta das Aventuras de Darci logo aumento o volume do rádio e peço para quem esta no carro fazer silêncio. Na grande parte das vezes são boas risadas ao mesmo tempo que nos faz pensar nas coisas simples e como estamos nos transformando.

Na aventura que assisti Darci e um amigo entraram em um elevador e estavam falando sobre coisas de empresas e no meio de sua fala e expressa: "Mô quirido, tem gente que gosta de errar junto com o patrão do que acertar sozinho, pode uma coza desta".

No primeiro momento foi engraçado, mas cabe bem uma reflexão sobre o assunto. Então, podemos mirar em vários enfoques. Na política ou politicagem, na falta de pró-atividade, no deixa que façam o que quiserem, no errar para ver o circo pergar fogo, ou na pior das variáveis, vamos errar por errar.

Na politica ou politicagem, é simples façamos sempre o que achamos que não devemos fazer, mas fazemos por que estamos juntos; e, porque se errarmos não falhamos sozinhos, mas sim erramos grupalmente. Mesmo contrariando os valores individuais ou organizacionais e as forças do mercado e sua dinâmica, bate-se palmas, tapas nas costas, acenos afirmativos com a cabeça, rabiscos no caderno de anotações para fingir que esta prestando a atenção e interesse, ou mesmo prestar a atenção na projeção, mas com o pensamento no final de semana; e, por fim, e o mais utilizado, os sorrisos sem sorrir.

Uma vez em conversa com uma colaboradora de uma empresa ela tentava me ensinar como fazer para conversar com alguém que ela não tinha interesse de conversar. Sua estratégia é ficar olhando para a pessoa como se fosse uma planta, ou seja, algo que fazia apenas parte do cenário; e, pensava em outra coisa, nas tarefas que ainda tinha que fazer naquele dia, nos namorados que estavam esperando, etc. Que falta de bom tom.

Creio que isto seja componentes da politicagem, porque quando os Gregos Clássicos pensaram na Política, pensavem em outra esfera. Coitado de Aristóteles deve se revirar esteja onde estiver.

Na vez da variável pró-atividade tudo vira um espetáculo de quem deixa para o outro, porque grande parte tem medo de colocar na mesa suas opiniões, suas ideias e principalmente suas ponderações. Falar algo conflitante ou discordante é uma ação de corajosos; e, que na grande maioria das vezes são os primeiros que pegarão a barca para o RH em algumas empresas. Então é preferivel para os medíocres e não corajosos preguntar questões de fácil resposta, ao mesmo tempo que vale muito falar apenas coisas que já foram ditas ou utilizar-se de ideas que foram colocadas na mesa em outros momentos e por outros como se fossem suas. Creio que poderíamos chamar isto de retro-atividade, já que ninguém ganha nada com estes tipos de posturas.

Quando chega a indiferença, ou deixa fazer o que quiserem, qualquer coisa tá bom, vamos vivendo mesmo, daqui a pouco isto muda novamente e mudamos também. Indiferença e apatia são perigosas pois fazem com que haja uma falsa sensação de tudo bem, ao mesmo tempo que acaba com a auto-estima, auto confiança e profissionalismo, já que qualquer coisa serve e com qualquer um que estiver disposto a isto.

Para ver o circo pegar fogo basta riscar o fósforo, ou furar a mangueira do carro de bombeiros, competências essenciais de pessoas que não querem e não deixam ninguém fazer. Mal sabe que cada dia que apaga o fogo com gasolina a labareda aumenta. O pior é que não consegue visualizar que o fogo uma hora ou outra irá também queimá-lo.

Erros estratégicos. O errar para dizer que foi um erro. Os melhores dos cretinos especializados fazem isto com grande habilidade. Sabem que estão fazendo algo que não vai dar certo ou funcionar, mas continuam. As vezes chamam isto de visão, com uma conotação de visão empresarial, mas com certeza sem base científica; no máximo pode ser uma visão de outro mundo ou uma esquisofrenia, bipolaridade ou qualquer outra coisa.

Errar sabendo que estará fazendo a coisa errada e achando que esta certo não se deve chamar de estratégia, a não ser que a estratégia seja para afundar o barco; e, geralmente quem faz isto já está com seu colete salva-vidas ou já ligou para um helicóptero, uma lancha ou qualquer meio de transporte pois quando o barco afundar com certeza ele irá pular para outro, ou quem sabe já criou outro.

No mínimo complicado, meu caro Darci. Acho que é melhor continuares com a tarrafas, o rancho de pesca, a batera e o balaio de peixe, por que no mundo corporativo existem coisas que só vendo e passando para entender.

Então cabe a pergunta: acertar sozinho? Isto pode? Creio que qualquer psicológo me diria que aquele que esta errando acha que esta acertando. Qualquer filosofo me falaria: certo pode ser uma coisa para você e outra coisa para o outro. Qualquer otimista diria: tudo vai dar certo no final, se ainda não deu certo é por que não chegou no final. Que falta de planejamento.

Darci mô quirido, só te digo uma coisa: tens razão quando fala que tem muita gente seguindo fielmente sua frase e fazendo muita coisa que os livros e gurus de gestão empresarial falam no sentido contrário.

E então: mofas com a pomba na baláia ou coloca fogo no pomboca e atira a chumbada?

Abraços Darci.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Aluga-se um cérebro

Você já viu as promoções daquele tipo de serviço que fala de aluga-se um marido? Pois é. Eu também. Neste mundo corporativo contemporâneo na qual o capital humano está cada vez mais sendo valorizado e as pessoas são aquilo que elas sabem; e, mais aquilo que fazem com o que sabem, por que não adianta apenas ter o conhecimento, se não há experiências, habildiades e atitudes que possam compor suas ações e suas possibildiades de realizações tanto no trabalho, como na vida.

As locações de cérebros são realizadas desde o inicio da nossa história, visto que em determinados momentos o cérebro era escravo, em outros era elitizado e no mundo capitalista  a utilização tem realmente o processo de aluguel. Vamos então as considerações para tentar explicitar esta questão de escravidão, locações, etc.

Quando estive visitando o sítio arqueológico de Pompéia na região Centro-sul da Itália, em uma das conversas com o arqueólogo Filippo Petti, perguntei: Quando os romanos invadiram a Grécia, o que fizeram com os gregos que eram homens-livres? Para escalrecer, os homens-livres em sua grande maioria eram aqueles que tinham o direito de pensar, ou seja de construir tudo aquilo que ainda usufruímos, como a democracia, a política e tantas outras variáveis da nossa vida em sociedade.

A pergunta cabia para o momento por que estávamos no jardim da casa de um dos mais abastados homens de Pompéia e tinhamos na réplica (pois as originais estão no Múseu Arqueólogico di Napoles - um espetáculo) dos afrescos na pareade representações gregas.

Neste momento a resposta foi: os romanos não eram cretinos. sabiam que os gregos tinham muito mais conhecimento, então, cada família abastada romana tinha em sua casa um "tutor" grego para que este pudesse orientar a educação dos filhos. Lembro que esta forma de aluguel era escravagista.

Hoje temos o contrato de trabalho, que na verdade faz com que tenhamos uma " locação" de cérebros, que muitas vezes são vista como aquisições de cérebros. Então, neste momento cabe a sabia frase de Vinícius de Moraes que dizia: ... " que seja eterno enquanto dure".

O mais bacana para o locatário, ou seja aquele que paga pelo cérebro é que as competências deixadas pela massa cinzenta ficam alocadas na empresa. Lembro-me muito bem que quando fui aluno do mestrado e cursa a disciplina de Gestão do Conhecimento, brincávamos com a professora dizendo que gestão do conhecimento é quem conhece quem, a memória do computador, ou mesmo uma boa agenda telefônica. Mas isto era algo apenas para descontrair, porém em determinados momentos vale muito, principalmente o quem conhece quem.

as competências instaladas, como se, diz nas organziações são os acúmulos de cérebros e suas sinapses, já que não adianta ter o cérebro e não ter conexões, já que são elas que fazem pensar, repensar, analizar, conhecer e reconher. Aqui cabe mais uma passagem. Na minha defesa de mestrado que falava sobre qualidade de vida no trabalho e estraégia empresarial, onde em dado momento trazia em seu conteúdo os ativos intangíveis, o professor Dr. Maurício Lima, hoje um amigo e um grande parceiro de cérebro, perguntou-me algo assim, já que não me recordarei da pergunta em sua íntegra: as pessoas são como produtos, que ao longo do tempo perdem sua qualidade, ou possuem um prazo de validade? De pronto respondi que quanto mais faz, mais se especializa, quanto mais vivências, mais experiências, mais auto-confiança, que em determinados momentos podem ser perigosas. Para finalizar a resposta dissem que alguém só possui um prazo de validade determinado se tiver qualquer tipo de sequéla psicológica ou mental, ou mesmo física no cérebro que cause estas duas, como um AVC (acidente vascular cerebral) por exemplo. Estes podem afetar aquilo que o cérebro tem de melhor para oferecer.

Outra forma de apropriação de cérebros é por meio de consultorias, ou seja, se não tenho um cérebro ou cérebros que possam me auxíliar, contrata-se externamente na crença de que a apropriação legítima, pois se paga por ela, possa gerar resultados positivos. Isto ocorre quando aqueles que compraram o conhecimento colocam em prática em suas ações cotidianas.

Uma forma de turbinar o cérebro é colocá-lo para funcionar constantemente; e, para isto o processo de educação permanente, que no caso empresarial se chama de educação corporativa ajuda por meio de cursos, palestras, workshops e outras ferramentas, possibilitando uma melhora cerebral.


Existem algumas organizações que ou não gostam dos seus cérebros ou gostam de fatiá-los, como se faz na aula de anatomia, visto que os dispensam ou mesmo os reduzem a cerebelos, ou seja, àqueles que conduzem os movimentos.

Ok! Os cérebros estão por toda a parte, alguns maiores, outros menores, com mais conexões outros com menos, alguns quimicamente alterados, outros alterados apenas pela vida e pelos estímulos que receberam. O que ainda não falamos é que cérebro ocupa espaço, tem corpo, alma, sentimentos, olhos azuis, vontades, desejos e necessidades, senta em uma cadeira, interage com pessoas e define o destino de empresas e pessoas que estão diretas ou indiretamente ligadas a ela.

Pense também que quando o cérebro deixa seu conteúdo em algum lugar ou para alguém, leva o conteúdo daquilo que experienciou, ou seja não tem data de validade, mas tem um poder que mesmo os cientistas ainda não conseguiram desvendar.

Caso você esteja disposto a fazer uma locação, fico à sua disposição.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Vamos ajudar a APAE de Nova Friburgo

Depois dos aconteceimentos que presenciamos pelos telejornais, me junto a causa proposta pelo Instituto Guga Kuerten. O instituto está recebendo doações para ajudar a APAE de Nova Friburgo. Como sei da seriedade das ações desenvolvidas pelo IGK peço a todos que ajudem com qualquer quantia. Entre no portal e seja solidário. http://www.igk.org.br/

Verão 2011. Florianópolis no centro das atenções.

Ser morador de Florianópolis nesta época do ano não é fácil. Há alguns poucos anos que Floripa esta sendo monitorada pelos olhares daqueles que gostam de uma beleza natural exuberante, gente bonita, entretenimento, praia e muita badalação.

Lembro-me que quando ministrava aulas no Curso de Pós-graduação em Turismo, Lazer e Hospitalidade da UNISUL, na disciplina de empresas de lazer e entretenimento, comentava rapidamente sobre um modelo criado por Doxey, chamado Irridex em sua obra Development of Tourism Destinations, na qual tem como princípio fundamental a análise dos comportamentos dos residentes e dos turistas.

 Nesta análise o autor apresenta quatro grandes fases de relacionamentos apresentadas abaixo.

1a) Euforia: fase inicial do desenvolvimento turístico na qual visitante e investidores da atividades são bem vindos. O turismo é visto como uma fonte de emprego e renda pelos residentes.

2a) Apatia: os turistas são valorizados e a atividade é vista como uma atividade que gera rendimentos. Os contatos se tornam mais formais e a relação entre os residentes e turistas possuem um vínculo mais comercial.

3a) Irritação: os residentes tornam-se saturados com a chegada de turistas e passam a desconfiar dos benefícios do turismo.

4a) Antagonismo: o nível de irritação dos visitantes é amplamente expresso. Os turistas são vistos como a causa de todos os problemas.


Isto posto, cabe um esclarecimento: não estou e não sou contra o turismo, os turistas, os investidores ou mesmo as movimentações de pessoas de um destino para o outro. Quando fui um pouco mais a fundo neste modelo descobri que os destinos que possuem este tipo de situação em sua grande maioria não foram destinos preparados para o turismo, ou mesmo para receberem turistas, visto que, o turismo por si só acontece; as pessoas vão chegando, os bares aumentam seus preços habituais, existem necessidades de infra-estrutura para o acolhimento destas pessoas, alguns turistas ao invés de voltarem fixam residência e migram ou mesmo as adquirem para apenas o período de verão.

Neste sentido um bom planejamento urbano se faz necessário, uma boa educação para o bem receber, empresários e investidores sérios e preocupados com a longevidade de seus negócios fazem com que se tenha um turismo com uma maior qualidade.

Floripa como é mais conhecida nacionalmente e internacionalmente, devido a fala dos surfistas da década de 1980  possui os seus contrastes, assim como todas as grandes cidades de nosso país. Mesmo com tantas coisas que em determinadas situação podem ser vistas como pontos negativos, como congestionamentos, super-população no período de alta temporada e outras situações, temos muito mais coisas positivas para contar e mostrar àqueles e àquelas que ainda não conhecem a Ilha da Magia.

Você sabe quando uma cidade esta no topo das atenções? Quando a principal novela da maior televisão de seu país tem um de seus núcleos sediados. É o caso da novela Insensato Coração que inicia na próxima semana. Dá uma olhadinha no comentário do diretor da novela.



Aparecer na revista Caras, no Fantástico e ser palco de celebridades e dos maiores eventos do país faz parte deste destino que encanta a todos. Uma olhadinha para reforçar o que estou dizendo com o sambista Dicró.




Olhando tudo isto e comparando com o Irridex podemos refletir que grande parte das situações trazidas pelo autor realmente existem, mas nossos planejadores, tanto públicos quanto privados estão atentos a tais situações - sejamos positivistas, visto que de qualquer forma precisam atender a uma demanda qualificada e com alto poder de compra.

Nos mais de 25 anos que estou em Florianópolis acompanho o crescimento da cidade e confesso que por vezes o irridex me ataca, mas fico pensando na quantidade de coisas boas que temos, além da fantástica receptividade do povo da ilha da mágia.

Se ainda falta alguma coisa, estamos aprendendo, mas com certeza que vier será bem recebido.