sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O Natal dos Meus Sonhos

Andre Bocelli sempre foi um inspirador de minhas noites desde que Fernanda, minha esposa adquiriu a algum tempo atrás o cd Romanza. Na minha ida a Itália esta inspiração foi mais intensa, visto que pude acompanhar por alguns dias o maestro Mauro Meli, do teatro La Scala di Milano, um dos profissionais que lançou Bocelli. Suas musicas embalaram minhas caminhas noturnas na Costeira Amalfitana possibilitando ainda mais minha aclimatação e adaptação a cultura italiana e Ravelleza.

Ano passado com a possível vinda do concerto My Christmas a Florianópolis pensei que poderia tornar realidade o meu sonho de Natal. Nada de presentes caros, nada de ceias recheadas, nada de ira a New York ou Paris, que confesso deve ser um espetáculo. Meu sonho de natal é estar com a minha família em harmonia, com saúde e principalmente ver todos felizes. Se puder estar com todos e assistir o concerto de Andrea melhor ainda, mas se ainda não dá, colocamos no You Tube os vídeos e curtimos juntos as canções de natal, imaginando como poderia ser um natal com frio e neve. Um pequeno desejo de João Vitor. Ver a neve no natal.


Desejo a você um Natal com muita harmonia, paz, tranquilidade, saúde e felicidade. Que você esteja perto de alguém que ame.


Confira o video de Andrea Bocelli. My Christimas, feche os olhos e abra um sorriso.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Milhas de Solidariedade: quantas você você já acumulou neste ano?

O final do ano se aproxima e se inicia um clima de solidariedade entre as pessoas, já que o espírito do natal propicia este tipo de sentimento. Será que daria para ter um cartão de milhagens solidária, assim como temos aqueles que pontuam toda a vez que entramos e saímos dos aviões?

O que é ser solidário? Será que sou quando dou meu lugar no acento do ônibus para uma anciã?   Para Emile Durkheim, sociólogo Francês (1858-1917), em sua obra intitulada A Divisão do Trabalho afirma que a sociedade era mantida coesa por duas forças de unidade. Uma em relação a pontos de vista semelhantes compartilhados pelas pessoas, por exemplo, valores e crenças religiosas, o que ele denominou de solidariedade mecânica. A outra é representada pela divisão do trabalho em profissões especializadas, que foi denominada de solidariedade orgânica.

A solidariedade mecânica  é caracterízada na fase primitiva da organização social que se origina das semelhanças psíquicas e sociais (e, até mesmo, físicas) entre os membros individuais. Para a manutenção dessa igualdade, necessária à sobrevivência do grupo, deve a coerção social, baseada na consciência coletiva, ser severa e repressiva. O progresso da divisão do trabalho faz com que a sociedade de solidariedade mecânica se transforme. Já a solidariedade orgânica está na complementação de partes diversificadas. O encontro de interesses complementares cria um laço social novo, ou seja, um outro tipo de princípio de solidariedade, com moral própria, e que dá origem a uma nova organização social - solidariedade orgânica. Sendo seu fundamento a diversidade, a solidariedade orgânica implica uma maior autonomia, com uma consciência individual muito mais livre.

 Trocando em miúdos uma se basea características mais intrisecas e a outra extrínseca ao ser humano e a dinâmica social que ele possui.

Neste mês, várias foram as campanhas solidárias pontuais que me apareceram para contribuir; sendo que em alguns momentos me senti em uma obrigação solidária, gerando créditos solidários na marra. Então, a questão que está posta voltou-se a minha mente por algumas vezes. Será que tem gente que é solidário só no final do ano? Ou pela falta de afinidades com os demais não é solidário por que não sente e não vê?

Isto se reflete em todas as nossas atitudes do nosso dia-a-dia. Cumprimentar as pessoas, abrir uma porta, ser gentil, ajudar quando alguém  precisa, elogiar quando algo de bom é realizado. Dar uma carona no guarda-chuva para que a moça não estrague a chapinha e tantos e tantos pequenos gestos diários que além de serem gentis são solidários.

Isto precisa ser ensinado para as novas gerações ou para aqueles que tem um nariz voltado para a lua. Hoje pela manha presenciei uma cena fantástica. Ao abrir a porta de acesso ao prédio uma das nossas colaboradoras observou que havia alguém do lado de fora querendo entrar. Então, Bia com uma xícara na mão e a outra na porta abriu para a passagem do ser que estava do lado de fora. O ser simplesmente passou e deixou um rastro, na teve bom dia, não teve obrigado e não teve nem mesmo um pequeno olhar. Um ato de solidariedade e um ato de falta de educação.

É assim; e, isto acontece todos os dias. Bia fique tranquila, você está acumulando créditos solidários. Um dia isto poderá ser debitado. Mas, não se preocupe. Simplesmente acumule que já está de bom tamanho para ajudar a humanidade e seu entorno.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Integrando Pessoas. Multiplicando Resultados

Na última semana de novembro estive desenvolvendo um trabalho junto a equipe da IEDUCORP na cidade de Chapecó, região Oeste do estado de Santa Catarina. Durante dois dias pude transmitir a empresários e colaboradores de organizações da região um pouco dos conceitos pós-industriais, bem como a importância de criar equipes e desenvolver competências inter-pessoais.

A primeira etapa do conteúdo abordado está na vinculação sócio-cultural de trabalho, na categoria industrial e na pós-industrial. Como princípios do modelo industrial temos para Alvin Toffler a padronização, a especialização, a sincronização, a concentração, maximização e a centralização. Estes compuseram e ainda compõem organizações neste modelo que também propícia a pouca integração visto o fracionamento das ações de trabalho e a maior busca pela maximização de resultados em um menor tempo de operação.

Já os trabalhadores pós-industriais para Domenico De Masi assim como suas organizações estão calcados na intelectualização, na criatividade, na ética, estética, feminilização, subjetividade, afetividade, desestruturação e na busca pela qualidade de vida.

No foco da desestruturação cabe apenas um lembrete: as variáveis pricinpais para este entendimento se relaciona ao tempo, ao espaço, as relações sociais. Quanto ao tempo hoje o tempo destinado ao trabalho está vinculado ao tempo do cérebro, ou seja, os mentes-de-obra nunca param de pensar; e, em consequência disto nunca param de trabalhar. O cérebro é a maior ferramenta de trabalho auxiliada pelos equipamentos tecnológicos, como os computadores, iPads, iPhones, internet e e outros apetrechos que ajudam esta relação. Com esta caraterização o espaço de trabalho tende a se transformar, bem como por vezes não existir. Não se tem mais um espaço fisico definido para trabalho, qualquer local pode ser um local de trabalho desde que se tenha uma conexão de internet. Hoje estou escrevendo da praça de alimentação da universidade onde atuo. a HUB uma empresa mundial alug escritórios para empresas e profissionais que não os possuem. Este contexto requer um repensar nas relações sociais, de trabalho e de família. Em grande parte estas relações se virutalizam, mas também possibilitam uma ampliação do network, tornando-o global, já que as relações pelas redes sociais podem transpor as esferas geográficas. Já estamos conectados 24 horas por dia, administrando nossos avatares e nossos contatos.

A Geração Y (nascidos a partir de 1990) já estão nos demonstrando estas questões. Confira o vídeo abaixo e fique atento aos detalhes de interação.




Viramos avatares e avatar quer dizer encarnação de um Deus. Os empresários da sala fica me olhando como se eu estivesse falando alguma coisa que não fosse verdade. Complemento uma fala dizendo que não precisam se preocupar em competir com estes garotos e garotas, pois será dificil alcançá-los, se preocupem em gerir a carreira deles de forma que possam interagir em equipes e desenvolver ações que sejam geradoras de resultados. Quem sabe desta forma todos terão sucesso.


Esta manifestação de gerir os geradores deste novo séculos, pois há uma desorientação completa, visto que quando se tem no armário mais de uma gravata azul, fica muito dificil escolher qual dos tons de azul usar, mesmo que todas sejam azuis. Este é o mundo dos Ys. Muitas possibilidades, várias coisas que podem ser desenvolvidas, mas também muitas indecisões e receios. Parece-me que quanto mais possibilidades temos de escolha, mais as escolhas se tornam dificéis de serem feitas. É neste contexto que trago o gerir a carreira. o gestor será muito mais um coach do que qualquer coisa.

Continuo o encontro trazendo para o espaço de aprendizagem as relações de necessidades e desejos, com uma pequena histórinha retiradao do livro La Fantasia e la Concretezza de Domenico De Masi, traduzido para o português como Criatividade. 
"Cada manhã  na África uma gazela se levanta. Sabe que deverá correr mais rápido do que o leão, ou será comida. Cada manhã na África um leão se levanta. Sabe que deverá correr mais do que a gazela, ou morrerá de fome. Quando o sol surge não importa ser um leão ou uma gazela. É melhor começar a correr".
 Um tem a necessidade de comer e o outro de não ser comido, mas será que todos os dias devemos correr, ou antes devemos monitorar onde se encontra o leão ou o quanto de esforço é necessário para alcançar a gazela?

Esta historinha representa bem os dias atuais, uma correria desenfreada sem ao menos tentarmos compreender o que somos, o que queremos, o que devemos fazer o como nos relacionarmos para alcançar os resultados. Então antes de correr é melhor olhar em volta e definir um percurso, pois simplesmente correr pode se transformar em uma corrida sem propositos ou mesmo sem direção. Correr para sobreviver denota falta de visão estratégica e planejamento, bem como a falta de envolvimento entre equipes de trabalho e suas reais possibildiades de resultados.

Desta forma, para a alteração destes modelos mentais que ainda persistem em nossas organizações algumas dinâmicas de grupos são realizadas para mostrar quanto nosso modelo mental é definido e defini o que nós somos. Isto resulta em um esquema de que para alteramos um possível comportamento, necessitamos alterar um pensamento. Estas variáveis me fazem lembrar quando eu era aluno de Educação Física, na qual aprendiamos que o aprendizado se manifestada em um percurso cognitivo, associativo e autônomo.

Infelizmente não compramos pessoas prontas para determinadas atribuições ou fiunções, compramos por vezes competências, mas como estamos sempre em fase de aprendizado, não temos como fazer como mostra a figura, ou seja, não existe o profissional que você deseja no almoxarifado. Mesmo que tenhamos competências instaladas, estas precisam em determinados momentos, projetos, processos e ações se adequarem a nova realidade ou situação.  Esta descontrução gera um movimento interno de adaptação, bem como da utilização das competências individuais em grupo. É neste momento que as interações agregam valor ao negócio, gerando as competências coletivas.



Neste foco as competências podem ser desenhandas não somente pelo conhecimento, habilidades e atitudes, mas também, o incremento da experiência independente da idade do indivíduo, já que experiência não esta relacionada com o conceito de vivência. A atitude vai além da pré-disposição do individuo ou de seu perfil, mas se direciona para o campo do envolvimento e da vontade de realização e da perfonrmance.

Neste viés o envolvimento além das possibildiades de relações inter-pessoais desenvolvidas o envolvimento está calcado na visão, ou seja, qual o sentido do trabalho que executam; nas oportunidades apresentadas, nos incentivos oriundos de suas ações; no impacto gerado por aquilo que se faz; no sentido de fazer parte; e, no seu crescimento.

Estas variáveis devem ser consideradas por gestores e equipes, visto que este movimento gera uma sinergia em torno das causas pessoas e coletivas, dos contratos psicológicos gerados, buscando uma otimização e maximização das ações com foco  no resultado.

Integrar pessoas para multiplicarem seus resultados são ações são desenvolvidas nas empresas com foco na geração de competências, como vimos acima. Quando estas são de necessidade técnica os programas de capacitação dão conta das necessidades, porém quando estão na categoria atitude e experiência as necessidades são de programas experienciais em grupo visando uma melhora ou aquisição de comportamentos e pensamentos que possam estar alinhados as necessidades da empresa, desenvolvendo assim uma cultura organizacional que propicie a melhora do resultado.

Cultura organizacional se faz todos os dias, capacitação também, conversa e mais conversa, pois senão os treinamentos, as capacitações, as experiências dentro ou fora da empresa não se perpetuarão e não terão resultados.

" Il faut cultiver notre jardin" Voltaire ("é preciso cultivar nosso jardim")