sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O Natal dos Meus Sonhos

Andre Bocelli sempre foi um inspirador de minhas noites desde que Fernanda, minha esposa adquiriu a algum tempo atrás o cd Romanza. Na minha ida a Itália esta inspiração foi mais intensa, visto que pude acompanhar por alguns dias o maestro Mauro Meli, do teatro La Scala di Milano, um dos profissionais que lançou Bocelli. Suas musicas embalaram minhas caminhas noturnas na Costeira Amalfitana possibilitando ainda mais minha aclimatação e adaptação a cultura italiana e Ravelleza.

Ano passado com a possível vinda do concerto My Christmas a Florianópolis pensei que poderia tornar realidade o meu sonho de Natal. Nada de presentes caros, nada de ceias recheadas, nada de ira a New York ou Paris, que confesso deve ser um espetáculo. Meu sonho de natal é estar com a minha família em harmonia, com saúde e principalmente ver todos felizes. Se puder estar com todos e assistir o concerto de Andrea melhor ainda, mas se ainda não dá, colocamos no You Tube os vídeos e curtimos juntos as canções de natal, imaginando como poderia ser um natal com frio e neve. Um pequeno desejo de João Vitor. Ver a neve no natal.


Desejo a você um Natal com muita harmonia, paz, tranquilidade, saúde e felicidade. Que você esteja perto de alguém que ame.


Confira o video de Andrea Bocelli. My Christimas, feche os olhos e abra um sorriso.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Milhas de Solidariedade: quantas você você já acumulou neste ano?

O final do ano se aproxima e se inicia um clima de solidariedade entre as pessoas, já que o espírito do natal propicia este tipo de sentimento. Será que daria para ter um cartão de milhagens solidária, assim como temos aqueles que pontuam toda a vez que entramos e saímos dos aviões?

O que é ser solidário? Será que sou quando dou meu lugar no acento do ônibus para uma anciã?   Para Emile Durkheim, sociólogo Francês (1858-1917), em sua obra intitulada A Divisão do Trabalho afirma que a sociedade era mantida coesa por duas forças de unidade. Uma em relação a pontos de vista semelhantes compartilhados pelas pessoas, por exemplo, valores e crenças religiosas, o que ele denominou de solidariedade mecânica. A outra é representada pela divisão do trabalho em profissões especializadas, que foi denominada de solidariedade orgânica.

A solidariedade mecânica  é caracterízada na fase primitiva da organização social que se origina das semelhanças psíquicas e sociais (e, até mesmo, físicas) entre os membros individuais. Para a manutenção dessa igualdade, necessária à sobrevivência do grupo, deve a coerção social, baseada na consciência coletiva, ser severa e repressiva. O progresso da divisão do trabalho faz com que a sociedade de solidariedade mecânica se transforme. Já a solidariedade orgânica está na complementação de partes diversificadas. O encontro de interesses complementares cria um laço social novo, ou seja, um outro tipo de princípio de solidariedade, com moral própria, e que dá origem a uma nova organização social - solidariedade orgânica. Sendo seu fundamento a diversidade, a solidariedade orgânica implica uma maior autonomia, com uma consciência individual muito mais livre.

 Trocando em miúdos uma se basea características mais intrisecas e a outra extrínseca ao ser humano e a dinâmica social que ele possui.

Neste mês, várias foram as campanhas solidárias pontuais que me apareceram para contribuir; sendo que em alguns momentos me senti em uma obrigação solidária, gerando créditos solidários na marra. Então, a questão que está posta voltou-se a minha mente por algumas vezes. Será que tem gente que é solidário só no final do ano? Ou pela falta de afinidades com os demais não é solidário por que não sente e não vê?

Isto se reflete em todas as nossas atitudes do nosso dia-a-dia. Cumprimentar as pessoas, abrir uma porta, ser gentil, ajudar quando alguém  precisa, elogiar quando algo de bom é realizado. Dar uma carona no guarda-chuva para que a moça não estrague a chapinha e tantos e tantos pequenos gestos diários que além de serem gentis são solidários.

Isto precisa ser ensinado para as novas gerações ou para aqueles que tem um nariz voltado para a lua. Hoje pela manha presenciei uma cena fantástica. Ao abrir a porta de acesso ao prédio uma das nossas colaboradoras observou que havia alguém do lado de fora querendo entrar. Então, Bia com uma xícara na mão e a outra na porta abriu para a passagem do ser que estava do lado de fora. O ser simplesmente passou e deixou um rastro, na teve bom dia, não teve obrigado e não teve nem mesmo um pequeno olhar. Um ato de solidariedade e um ato de falta de educação.

É assim; e, isto acontece todos os dias. Bia fique tranquila, você está acumulando créditos solidários. Um dia isto poderá ser debitado. Mas, não se preocupe. Simplesmente acumule que já está de bom tamanho para ajudar a humanidade e seu entorno.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Integrando Pessoas. Multiplicando Resultados

Na última semana de novembro estive desenvolvendo um trabalho junto a equipe da IEDUCORP na cidade de Chapecó, região Oeste do estado de Santa Catarina. Durante dois dias pude transmitir a empresários e colaboradores de organizações da região um pouco dos conceitos pós-industriais, bem como a importância de criar equipes e desenvolver competências inter-pessoais.

A primeira etapa do conteúdo abordado está na vinculação sócio-cultural de trabalho, na categoria industrial e na pós-industrial. Como princípios do modelo industrial temos para Alvin Toffler a padronização, a especialização, a sincronização, a concentração, maximização e a centralização. Estes compuseram e ainda compõem organizações neste modelo que também propícia a pouca integração visto o fracionamento das ações de trabalho e a maior busca pela maximização de resultados em um menor tempo de operação.

Já os trabalhadores pós-industriais para Domenico De Masi assim como suas organizações estão calcados na intelectualização, na criatividade, na ética, estética, feminilização, subjetividade, afetividade, desestruturação e na busca pela qualidade de vida.

No foco da desestruturação cabe apenas um lembrete: as variáveis pricinpais para este entendimento se relaciona ao tempo, ao espaço, as relações sociais. Quanto ao tempo hoje o tempo destinado ao trabalho está vinculado ao tempo do cérebro, ou seja, os mentes-de-obra nunca param de pensar; e, em consequência disto nunca param de trabalhar. O cérebro é a maior ferramenta de trabalho auxiliada pelos equipamentos tecnológicos, como os computadores, iPads, iPhones, internet e e outros apetrechos que ajudam esta relação. Com esta caraterização o espaço de trabalho tende a se transformar, bem como por vezes não existir. Não se tem mais um espaço fisico definido para trabalho, qualquer local pode ser um local de trabalho desde que se tenha uma conexão de internet. Hoje estou escrevendo da praça de alimentação da universidade onde atuo. a HUB uma empresa mundial alug escritórios para empresas e profissionais que não os possuem. Este contexto requer um repensar nas relações sociais, de trabalho e de família. Em grande parte estas relações se virutalizam, mas também possibilitam uma ampliação do network, tornando-o global, já que as relações pelas redes sociais podem transpor as esferas geográficas. Já estamos conectados 24 horas por dia, administrando nossos avatares e nossos contatos.

A Geração Y (nascidos a partir de 1990) já estão nos demonstrando estas questões. Confira o vídeo abaixo e fique atento aos detalhes de interação.




Viramos avatares e avatar quer dizer encarnação de um Deus. Os empresários da sala fica me olhando como se eu estivesse falando alguma coisa que não fosse verdade. Complemento uma fala dizendo que não precisam se preocupar em competir com estes garotos e garotas, pois será dificil alcançá-los, se preocupem em gerir a carreira deles de forma que possam interagir em equipes e desenvolver ações que sejam geradoras de resultados. Quem sabe desta forma todos terão sucesso.


Esta manifestação de gerir os geradores deste novo séculos, pois há uma desorientação completa, visto que quando se tem no armário mais de uma gravata azul, fica muito dificil escolher qual dos tons de azul usar, mesmo que todas sejam azuis. Este é o mundo dos Ys. Muitas possibilidades, várias coisas que podem ser desenvolvidas, mas também muitas indecisões e receios. Parece-me que quanto mais possibilidades temos de escolha, mais as escolhas se tornam dificéis de serem feitas. É neste contexto que trago o gerir a carreira. o gestor será muito mais um coach do que qualquer coisa.

Continuo o encontro trazendo para o espaço de aprendizagem as relações de necessidades e desejos, com uma pequena histórinha retiradao do livro La Fantasia e la Concretezza de Domenico De Masi, traduzido para o português como Criatividade. 
"Cada manhã  na África uma gazela se levanta. Sabe que deverá correr mais rápido do que o leão, ou será comida. Cada manhã na África um leão se levanta. Sabe que deverá correr mais do que a gazela, ou morrerá de fome. Quando o sol surge não importa ser um leão ou uma gazela. É melhor começar a correr".
 Um tem a necessidade de comer e o outro de não ser comido, mas será que todos os dias devemos correr, ou antes devemos monitorar onde se encontra o leão ou o quanto de esforço é necessário para alcançar a gazela?

Esta historinha representa bem os dias atuais, uma correria desenfreada sem ao menos tentarmos compreender o que somos, o que queremos, o que devemos fazer o como nos relacionarmos para alcançar os resultados. Então antes de correr é melhor olhar em volta e definir um percurso, pois simplesmente correr pode se transformar em uma corrida sem propositos ou mesmo sem direção. Correr para sobreviver denota falta de visão estratégica e planejamento, bem como a falta de envolvimento entre equipes de trabalho e suas reais possibildiades de resultados.

Desta forma, para a alteração destes modelos mentais que ainda persistem em nossas organizações algumas dinâmicas de grupos são realizadas para mostrar quanto nosso modelo mental é definido e defini o que nós somos. Isto resulta em um esquema de que para alteramos um possível comportamento, necessitamos alterar um pensamento. Estas variáveis me fazem lembrar quando eu era aluno de Educação Física, na qual aprendiamos que o aprendizado se manifestada em um percurso cognitivo, associativo e autônomo.

Infelizmente não compramos pessoas prontas para determinadas atribuições ou fiunções, compramos por vezes competências, mas como estamos sempre em fase de aprendizado, não temos como fazer como mostra a figura, ou seja, não existe o profissional que você deseja no almoxarifado. Mesmo que tenhamos competências instaladas, estas precisam em determinados momentos, projetos, processos e ações se adequarem a nova realidade ou situação.  Esta descontrução gera um movimento interno de adaptação, bem como da utilização das competências individuais em grupo. É neste momento que as interações agregam valor ao negócio, gerando as competências coletivas.



Neste foco as competências podem ser desenhandas não somente pelo conhecimento, habilidades e atitudes, mas também, o incremento da experiência independente da idade do indivíduo, já que experiência não esta relacionada com o conceito de vivência. A atitude vai além da pré-disposição do individuo ou de seu perfil, mas se direciona para o campo do envolvimento e da vontade de realização e da perfonrmance.

Neste viés o envolvimento além das possibildiades de relações inter-pessoais desenvolvidas o envolvimento está calcado na visão, ou seja, qual o sentido do trabalho que executam; nas oportunidades apresentadas, nos incentivos oriundos de suas ações; no impacto gerado por aquilo que se faz; no sentido de fazer parte; e, no seu crescimento.

Estas variáveis devem ser consideradas por gestores e equipes, visto que este movimento gera uma sinergia em torno das causas pessoas e coletivas, dos contratos psicológicos gerados, buscando uma otimização e maximização das ações com foco  no resultado.

Integrar pessoas para multiplicarem seus resultados são ações são desenvolvidas nas empresas com foco na geração de competências, como vimos acima. Quando estas são de necessidade técnica os programas de capacitação dão conta das necessidades, porém quando estão na categoria atitude e experiência as necessidades são de programas experienciais em grupo visando uma melhora ou aquisição de comportamentos e pensamentos que possam estar alinhados as necessidades da empresa, desenvolvendo assim uma cultura organizacional que propicie a melhora do resultado.

Cultura organizacional se faz todos os dias, capacitação também, conversa e mais conversa, pois senão os treinamentos, as capacitações, as experiências dentro ou fora da empresa não se perpetuarão e não terão resultados.

" Il faut cultiver notre jardin" Voltaire ("é preciso cultivar nosso jardim")



 


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Eventos e as Redes Sociais

As redes sociais são um dos maiores fenômenos da comunicação e marketing nestes últimos anos, visto que sua utilização que inicialmente estava na composição dos relacionamentos sociais hoje possui diversos tipos de utilização, seja corporativa, de promoção, de pesquisa e outras formas que a cada dia se transforma.

A utilização das redes sociais para eventos e como estratégias de marketing são consideradas como uma ação que não pode deixar mais  de existir no composto de comunicação e marketing das empresas promotoras e organizadoras de eventos, bem como que qualquer empresa.

Especificamente para eventos a utilização das redes sociais como facebook, twitter, orkut, flickr, youtube e outras estão compondo todas as fases da gestão do evento e se desenvolvendo de forma alinhada ao conceito bellow the line.

Na fase inicial do evento constituída pela concepção e  dimensionamento, as redes socias são utilizadas como ferramenta para a determinação das necessidades e desejos, bem como do dimensionamento do target.

Na fase de criação do produto, as redes sociais se vinculam ao desenvolvimento de ações relacionamento entre os possíveis stakeholders.

Na fase de comercialização acontece o momento de ativar a comunicação, visto que o conteúdo e os stakeholders já estão definidos. A ativação da comunicação e marketing  nas redes sociais podem ser categorizadas como redes de relacionamentos; disseminação de informações pontuais; apresentação de resultados; geração e interação de conteúdos; compartilhamento de imagens, vídeos e sons. Se bem dimensionada e trabalhada as redes podem potencializar as inscrições de participantes do evento, aumentando a receita e gerando novos expectadores de outras esferas geográficas tanto no quesito presencial quanto virtual.

Durante a pré-produção do evento as ações podem ser desenvolvidas no foco de Assessoria de Imprensa on line, na atualização de dados de conteúdo e de mídia. Pode também ampliar o espectro das inter-relações entre os participantes buscando identificar as espectativas e iniciar discussões pré-evento.

Na fase de produção do evento, ou seja quando as ações iniciam na sede de sua realização, as redes atuam de forma a comunicar os acontecimentos em tempo real, por meio virtual, possibilitando aos expectadores que não poderam estar no local do evento ou que escolheram a forma virtual de participação, acompanhar as ações e interagir.

Durante o pós-evento as redes auxiliam no prolongamento do evento, sendo um meio de perpetuar discussões, conteúdos e na criação de grupos de diálogos, bem como na fidelização dos participantes e na agregação de novos participantes para futuras ações. Estar junto as redes sociais e atuando de forma direcionada ao target faz com que se obtenha resultados maximizados, visto a possibilidade de amplitude gerada pelas redes. 

 

domingo, 14 de novembro de 2010

Minha diarista é pós-industrial

Liliane é uma paraense que esta ensinando sua família a ser pós-industrial mesmo sendo diarista; trabalha por que gosta e consegue viver do seu jeito e ser feliz ao mesmo tempo. Depois de meu período sabático em 2007 no sul da Itália junto ao escritor do livro Ócio Criativo, o sociólogo Domenico De Masi, voltei a Brasil convicto que poderia manter as coisas que eu fazia na Itália e ainda transformar as formas de trabalho e vida de minha esposa, visto que ela é também um mente-de-obra.

Depois de algum treinamento intensivo Fernanda, minha esposa conseguiu compreender que as coisas prazerosas podem ser feitas juntamente com o trabalho; que o trabalho pode virar algo que lhe gere conhecimento e informações ao mesmo tempo que pode ter um tempo menor do que estamos acostumados. Então, depois de algum tempo a compreensão se manifestou na prática e hoje ao invés de ser dominada pelo relógio e pelas ocupações enfadonhas Fernanda antede seus alunos de Língua Inglesa de acordo com a demanda e com as possibilidades, tanto deles, quanto dela. O mais interessante é que trabalha menos, se estressa menos, aprende mais, se relaciona melhor e para completar, ganha mais do que ganhava antes, quando trabalhava em franquias ou escolas. Pode ainda utilizar seu tempo livre para fazer pilates, cuidar do filho, levar a cachorra na petshop e fazer naturologia.

Parece fácil não é mesmo? Que nada! levei alguns meses para fazer com que deixasse a escola e entendesse que a vida é curta e precisa ser aproveitada ao máximo; e, que o espaço de trabalho não existe mais, que tempo é algo realmente relativo, como já dizia aquele cara da língua de fora do do cabelo arrepiado. Mas se desvenciliar das amarras de uma mesa para sentar, de um chefe para cutucar e de uma horário para cumprir é complicado. os sociólogos poderiam chamar isto de alienação.

Agora o que eu não esperava era que Liliane nossa diarista fosse industrial sem mesmo ter lido uma linha de Domenico De Masi, Ricardo Senler ou qualquer outro autor que fale sobre trabalho pós-industrial. Quando fizemos o nosso contrato de trabalho, dissemos: você pode chegar perto das 7h30m e ficar até a hora que terminar o trabalho e se quiseres te damos uma carona antes de deixar o pequeno no colégio, que fica por acaso perto da sua casa. Não precisa vir aos sábados e quando precisarmos combinamos antecipadamente quando é necessário ficar mais ou menos tempo, almoça conosco.

Coisa boa não é mesmo?. O pior é que pensamos que ela não iria aceitar, pois quando se fala em não ter horário para chegar, se fala também em não ter horário para sair. Ela aceitou e começamos então a vigorar o nosso contrato.

Chega cada dia em um horário diferente, mas sempre antes das 8 da manhã. Faz todo o trabalho e volta e meia esta pronta antes de nós para sairmos para a escola do João Vitor. Trabalha em outros lugares sem nada fixo para completar a renda. É apaixonada pelos nossos animais de estimação e chama nosso filho de filho. Cuida da casa que é um beleza e adora cozinhar. Faz aquilo com um prazer danado. Escuta música, canta e limpa que é um espetáculo.  Faz escambo, por que troca com as suas patroas sua faxina pro produtos de beleza e esta sempre "embonecada". Muitas vezes ouvimos ela ao telefone conversando com sua família e dizendo que está feliz, que trabalha pouco, ganha para viver bem e conta que tá fazendo até academia.

Seus irmão volta e meia lhe dizem que este trabalho não é trabalho. Aqui tá a peça chave. Entendemos trabalho como algo penoso, que desgasta, cansa e tortura. Alguns realmente são assim, mas cabe ao sujeito criar um modelo mental que possa alterar sua atitude frente a ação laboral.

É o que Liliane faz. Precisa trabalhar, não é letrada, mas tem sabedoria e consegue entender que quanto melhor for a sua faxina, quanto mais organizado for o guarda-roupas do cliente, mas ela pode cobrar e menos precisa trabalhar. Uma lógica simples e que se vincula ao profissionalismo e a excelência na prestação de serviço. Imaginemos se Liliane tivesse a oportunidade de ler o Ócio Criativo. Melhor nem pensar, senão perderia a nossa diarista, que virou mensal.

Aquela percepção de um lugar para sentar e colocar o casaco nos dias de frio tende a cada dia acabar. O tempo de trabalho como eram classificados pelos autores de lazer e recreção, dividindo-o em trabalho e tempo livre, creio que não vai mais existir.

Fernanda e Liliane não sofrem de estresse, L.E.R e demais doenças da aceleração. Seus chefes que 99% são seus clientes entendem se chegarem atrasados por causa do trânsito ou por que o filho ou sobrinho ficaram doentes.

Dizia dia destas a meus alunos: Quando alguém é excelente em sua profissão, ou seja faz melhor que os demais, todos entendem e relevam alguns atrasos, faltas e coisas do gênero, por que se sabe que será difícil achar um outro cérebro ou serviço do mesmo nível. Agora quando se é igual aos demais, não tem jeito não; terás que bater o ponto e muitas vezes ficar esperando a hora passar para ir para casa.

A formula é simples. Excelência e visão de que tudo isto que vivemos é transitório.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Porque empresas investem em eventos?

Responder esta pergunta não é algo muito fácil se compreendermos que as formas de relações entre empresas e clientes se dão simplesmente de maneira tradicional, ou seja, a empresa possui produtos e serviços e os seus clientes os consomem.

No mundo corporativo em que vivemos falar em eventos é falar para algumas empresas de questões estratégicas e que geram valor ao negócios, mesmo que este não seja vinculado ao mercado de eventos. Assim como as empresas vem se transformando a cada dia para atender as necessidades e desejos dos clientes, mercados e a sustentabilidade financeira e do planeta, a área de marketing passou por diversas transformações nestes últimos 5 anos.

Das tradicionais ferramentas que compunham o above the line, ou seja, aquelas que se pagavam muito para se destacar e ficar próximos dos clientes, como TV, outdoors, anúnicio pagos e outras formas de publicidade e propaganda, os eventos deixaram de ser uma pequena parte do marketing para se tranformar na principal ferramenta de marketing para algumas corporações.

Se pensarmos que algumas cidades do Brasil possuem legislações especificas que restringem a veiculação e fixação de determinadas ferramentas, como: outdoors, publicidade móvel e outras, estes valores de investimento em sua grande parte são direcionados para outras possibilidades de visibilidade de marcas, produtos e serviços.

Creio que estes parágrafos ainda não contemplam uma resposta para o questionamento do título desta postagem. Quando alguém em minha corporação me pergunta o por que dos eventos eu logo respondo: "os eventos são possibilidades de agregar valor ao negócio possibilitando uma maior inter-relação entre empresas e seus stakeholders, ou seu target, aumentando o tempo de contato, projetando experiências, gerando fidelidade, entretenimento, formação e capacitação e principalmente criando um espaço na qual a empresa irá conhecer de forma efetiva seus clientes, colaboradores, fornecedores e parceiros de negócios"

Além disso os eventos fomentam possibildiades de negócios quando as empresas participam de feiras, road shows, rodadas de negócios e eventos de relacionamento. As empresas estão iniciando um compreensão de que  necessitam mensurar o ROI - resultado sobre o investimento, bem como compreenderem que dar visibilidade a marca e fazer relacionamentos são apenas algumas das possibilidades dos eventos corporativos.

As empresas podem se beneficiar de outros indutores de consumo como os eventos nos esportivos, na qual o evento  acaba sendo apenas um componente da estratégia de marketing e que este irá possibilitar  o consumo de determinado produto no futuro, como camiseta de um determinado jogador. O mesmo acontece com grupos educacionais quando estes realizam eventos direcionados a targets muito específicos aprensentando os serviços educacionais para quem ainda nem mesmo chegou naquele determinado nível escolar.

Se faz eventos para atender as mais deversas necessidades e desejos, mas em tempos de economias enxutas e agressivas quando se faz evento em ambito corporativo a equipe da área de finanças ficam antenadas aos números verdes e vermelhos. Neste caso duas situações aparecem: primeira; quandos e fala de agregar valor se fala de investimento a curto prazo; e, que pode gerar resultados a médio e longo prazo, ou seja, o evento apresenta-se como um investimento; a segunda situação se dá quando a empresa compreende o evento como um negócio, desta formo investe a curto prazo para ter retorno a curto prazo, já que os eventos são extremamente pontuais e muitas vezes findam-se em poucos dias.

Números de participantes, contatos realizados, clippagem, avaliações quantitativas e qualitativas por participantes, patrocinadores e proponentes do evento, resultados financeiros positivos, juntamente com políticas definidas para eventos nas organizações são ações que tornam a cada dia mais importante  e consolidam a área de eventos nas empresas.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Marketing e Comunicação de Eventos

Muitas transformações vêm acontecendo com o mercado de eventos nos anos, principalmente nas formas de relacionamentos entre o evento e seu target[1], já que a ampliação do mercado como um negócio fez com que houvesse um grande aumento no número de eventos e de destinos sedes, criando uma maior oferta ao consumidor.

Esta oferta ampliada por vezes requer um maior planejamento e habilidade do gestor quanto à forma de comunicar o evento, visto que para atrair os participantes se faz necessário a utilização de instrumentos que possibilitem a decisão da compra e da participação. Sendo assim, o papel do marketing na diferenciação das propostas de eventos ao mercado consumidor é de fundamental importância, visto a necessidade da captação de participantes, patrocinadores, apoiadores e parceiros de negócios.

Pensando o evento como uma variável que agrega valor a negócios e que geram negócios, os eventos podem ser um fim, mas também podem ser um meio, assumindo um papel fundamental na obtenção dos objetivos de empresas proponentes. Neste viés o marketing necessita ser pensado como um dos pilares da gestão do evento, sendo analisado e gerido durante todas as fases.

Na fase de concepção e dimensionamento do evento, a definição do conceito do evento possibilita os briefings necessários para o desenvolvimento da criação do conceito de marketing; e, isto ajudará a determinar o perfil que será proposto em fases posteriores. Se houver o entendimento que um evento nasce de um composto entre desejos, necessidades, recursos e target, pensar no marketing apenas quando o projeto do evento estiver formatado, pode gerar um desalinhamento entre quem propõe e quem produz.

A criação do conceito possibilita para a equipe de concepção o desenvolvimento da identidade visual do evento, como: a criação de logomarcas, ícones de identidade, determinação de cores, fontes, layouts e outras. Além disto, estar presente na fase de concepção e dimensionamento do evento possibilita a geração de dados para o desenvolvimento do plano de marketing e comunicação do evento, na qual estes além de determinar as estratégias que serão utilizadas definirão as ferramentas necessárias para alcançar o target que é proposto pelo proponente.

Na fase de Criação do Evento como Produto, na qual o gestor fará a quantificação e qualificação das necessidades para a composição do projeto, das planilhas de recursos e das propostas comerciais, na qual dará viabilidade e tangibilidade ao evento que foi concebido na fase anterior, o marketing de eventos irá auxiliar na construção de bonecos (peças modelos), juntamente com o plano de marketing para apresentar ao proponente do evento.

No momento da construção deste plano o gestor deve pensar nas diversas possibilidades existentes e suas aplicabilidades e eficácias para o perfil de target e evento na qual está inserido. Tendo uma visão estratégica e inovadora ao mesmo tempo o CMO - Chief Marketing Officer segundo Rossister e Danaher (1998), tem como maior desafio determinar as formas e ferramentas de marketing e comunicação e adequá-las as diversas tipologias de eventos requerendo uma determinada habilidade, um conhecimento refinado das especificidades e necessidades daqueles que serão envolvidos no evento, de forma direta ou indireta.

A figura abaixo mostra de forma segmentada a complexidade das ferramentas de marketing  desde o CMO até as ferramentas que geram o mecanismo de ação para que as informações cheguem a quem o evento se destina.

Figura 1: Complexidade do Marketing

 Fonte: Jhon R. Rossiter and Peter J. Danaher.  Advanced Media Planning. Kluwer Academic Plublishers, 1998, BCG analysis.

Se fizermos uma leitura de dentro para fora, ou seja, do CMO para as ferramentas poderemos constatar que a decisão de utilização deste ou de outro instrumento esta na tomada de decisão da equipe gestora ou mesmo apenas no CMO. No foco de fora para dentro poderemos ter uma visão baseada nos resultados ou nas aplicações que determinadas ferramentas podem ter tido em determinados eventos por histórico, criando um determinado padrão a determinado tipo de target.

O conhecimento deste composto de marketing e comunicação se faz importante, pois auxiliará no desenvolvimento das proposições que serão apresentadas ao proponente do evento. A utilização das ferramentas também está vinculada aos tipos de recursos disponíveis, sendo os recursos um limitador das possibilidades definidas anteriormente.

Na fase de comercialização do evento é o momento que a marketing de evento é ativado de forma que possa atender ao target, visto que até então suas ações encontravam-se em nível de planejamento e aprovações do proponente. Agora inicia o processo que definirá o sucesso ou o fracasso da ação, já que será posto a prova e ao público consumidor ou convidado o conteúdo do evento e seu poder de atratividade.
Neste momento a adesão seja por inscrições, convites, RSVPs, compra direta, pacotes, promoções relâmpagos, cortesias e outras formas de adesão fazem com que tenhamos o reflexo das ações de marketing que possibilitaram a relação comercial entre o proponente e seu target.

Mas, apenas as ações que visam a adesão não são suficientes para que o evento seja conhecido por todos e comprado por aqueles que se interessam por seu conteúdo. Uma ação institucional também se faz necessária, pois pode gerar uma maior possibilidade de ações espontâneas ampliando os meios de veiculação. É na fase de comercialização que se intensifica as reuniões de status, já que são elas que indicarão os números de adesão e ações emergentes de marketing que possam melhorar o números. Números, gráficos, pesquisas de expectativa pré-evento, visualizações da marca, quantidade de acessos, ligações e e-mails fazem com que tenhamos um retrato dos resultados das ações de marketing realizadas.
 
As comunicações junto àqueles que já aderiram ao evento se fazem extremamente importantes, pois estes devem receber informações atualizadas dos conteúdos, fazendo com que o interesse e as expectativas aumentem até a chegada do dia do evento.

No período de pré-produção do evento quando o evento esta saindo do escritório para sua sede, chega o momento de preparar para a viagem todos os materiais de participantes, quando houver; os materiais de comunicação visual; e, de veicular as últimas ações, pois geralmente restam poucos dias para a execução. Na fase de produção do evento acontecem as montagens necessárias para a realização, sendo a comunicação visual do evento uma das últimas etapas a ser montada. Isto se refere a sinalizadores, banners, displays, faixas, totens, telas de apresentações, vídeos institucionais, stands no caso de feiras, brindes, materiais de participantes, até chegarmos ao detalhe do detalhe, como uma carta de boas vindas, ou uma mensagem SMS agradecendo a presença no evento.

Então,  as montagens destes materiais é que darão visibilidade a todos aqueles que investiram no evento, ao mesmo tempo que comunica de forma estática ou dinâmica as relações entre os stakeholders do evento e seu target, seja no foco institucional, de produto ou serviço.

Na execução do evento tudo gera marketing, ou seja, a relação entre sujeito e evento se dá desde quando ele se dirige ao evento materializando suas expectativas e saciando suas ansiedades. Os recepcionistas comunicam, o material comunica, o lugar, a decoração, a entonação de voz dos palestrantes; e, principalmente a atmosfera que o evento gera faz com que as pessoas se sintam acolhidas, seguras e bem recebidas.

Quando as luzes diminuem e o evento começa o alinhamento de todas as esferas anteriores e todas as “entradas” e “saídas” devem estar extremamente sincronizadas, pois o expectador estará atento a tudo e a todas as marcas, merchandisings, vídeos e conteúdos que aparecerem.

O entendimento que o evento termina quando sua ação de execução é finalizada é um entendimento amador e que não compreende a importância das relações de marketing e comunicação no contexto do retorno sobre o investimento daqueles que investiram para o evento se realizar.

Desta forma, o pós-evento requer um  cuidado e refinamento aos dados obtidos nos períodos que antecederam e na execução do evento, pois relatórios de marketing e comunicação são de extrema importância para o desenvolvimento de novas relações e negócios por aquelas organizações investidoras  e o target, bem como de quanto foi o resultado de intangível que se torna tangível quando se calcula as veiculações que o evento proporcionou. Estes dados apresentados ao target, além das avaliações respondidas pelos participantes, pelos expositores compõem juntamente com os relatórios financeiros e de network os resultados finais do evento.
Marketing de eventos gera resultados extraordinários para empresas e para organizadores de eventos se bem trabalho em todas as suas fases, visto que quanto mais próximo estivermos daqueles que aderem aos eventos, aos produtos e serviços dos patrocinadores e apoiadores –investidores, tendo como principio o face-to-face , a geração de novas experiências e a degustação daquilo que cada player propõem, certamente os eventos se transformarão em uma valiosa ferramenta de marketing, ou o marketing agregando valor aos eventos.  


[1] Target é entendido como todos os envolvidos no evento, não se restringido apenas ao público-alvo, mas também aos apoiadores, patrocinadores, imprensa, fornecedores, instituições publicas e provadas que podem participar do evento ou mesmo sofre impactos positivos e negativos com as etapas do evento.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O Significado do Conhecimento: tudo ao mesmo tempo agora

Vivemos na sociedade do conhecimento e esta vem a cada dia sendo mais valorizada e desenvolvida, visto as diferentes relações entre indivíduos, empresas, organizações e as informações.

Inúmeras são as formas de obter informações e gerar conhecimentos. Tradicionalmente entendemos as instituições educacionais aquelas que por essência são classificadas como as geradoras de conhecimento e disseminadora de informações, pesquisas, inovações e transformações. Outras formas de gerar conhecimentos são definidas como não-formais, ou seja aquelas na qual o método não possui uma sistematização que possa ser repetida de forma não eventual.

Atualmente vivemos um colapso dos sistemas educacionais nacional quanto sua qualidade e conteúdo, mas também na vertente das novas possibilidades da geração de conhecimento e na transmissão de informações, visto as formas tradicionais de educação que não agregam tantas experiências e não geram tantos valores oriundos de estratégias do quadro negro ou branco, das transparências e do data show. Muitos não sabem ou não conseguem entrar em sala de aula sem seu aparatos tecnológicos ou mesmo não sabem transformá-los em um instrumento didático de ensino.

Muitas vezes os professores e alunos comentam que o filé mignon das instituições de ensino estão nas relações geradas entre aqueles que possuem o conhecimento e daqueles que os desejam. Fala-se também em competências, que para alguns ainda tem a ver com conhecimentos, habilidades e atitudes, mas que possui um rol de variáveis que se relaciona muito mais com o comportamento e a pré-disposição do individuo do em estar aberto para o aprendizado e para as novas situações que geram vivências e experiências do que qualquer outra coisa. Não adianta termos professores preparados para agregar valor ao ensino se ainda temos alunos que estão sentados nas suas cadeiras pensando somente na nota que precisa "tirar" no final do semestre.

Semanas atrás fiz uma avaliação daquelas tradicionais, com questões abertas e de interpretação de texto. Todas as respostas estavam contempladas nos textos de alguma das perguntas. Ao entregar as notas, 60% da turma abaixo da média, 30% acima de 7,0 e apenas 1 com 9,5.

Então para tentar entender o que havia acontecido perguntei ao Paulo o que ele fez para a prova, sem falar da nota ou mesmo entregar a ninguém. Paulo me responde com uma nova pergunta:- Professor. Fiz o que? Apenas estudei. Indaguei novamente: - Quanto tempo? Sua respostas foi de de 2 horas.

Depois informei a turma a nota de Paulo e a nota dos demais. Perguntei novamente: Estudaram? A metade corajosa da turma levanta a mão dizendo que não.Então comecei a contar a todos a história do Paulo, que trago um trecho para contextualizar o texto.

Paulo é um garoto de 19 anos, filho de pescador da cidade de Garopaba, com certeza absoluta seu avô foi pescador de baleia. Um afrodescentende bonito de se ver. Um dos únicos do curso que frequenta. Fala seu manezés tradicional. É aluno do Prouni e acorda as 4h30m da madrugada, por que a manhã ainda nem chegou neste horário. Pega um ônibus da prefeitura que paga apenas R$50,00 por ano e se desloca durante 2 horas para a universidade. Quando chega fica sentado na praça de alimentação mais uma hora e meia esperando o horário da aula.O ônibus leva alunos para várias universidades e a de Paulo é a primeira da rota.

O restante dos alunos quietos. Podia se ouvir as asas dos mosquitos que vivem na sala 120 do Bloco D. Faça então a pergunta crucial da minha intervenção: Paulo. O que a universidade representa pra você?

Responde sem pestanejar. - Professor. A universidade vai mudar a minha vida. Se eu ficasse na minha cidade eu seria como o meu pai, pescador ou iria trabalhar em bar. Isto aqui pra mim representa muita coisa, tem um significado muito grande.

Será que preciso contar a história toda? Paulo é cabra da peste como eu digo. Agora será que eu como professor estou sendo significante na formação de Paulo? Ou será que ele sairá da sala pensando que todo o esforço que é feito todos os dias vale a pena?

O conhecimento tem signifcado para aquele que entende que a sua falta é extremamente prejudicial, seja para a vida ou para a nota. Aqui cabe dizer que uma das meninas colegas de Paulo levanta a mão dizendo que estava apenas interessada na nota. Pobre criatura. Lhe disse: Minha linda. O conhecimento não vale nota, o conhecimento é para a vida toda.

Esta diferenciação esta sendo feita pela galerinha radical, como chamávamos quando eu trabalhava em um hotel de luxo. Aqueles de 4 a 10 anos. Querem hoje aprender de tudo. De cozinha a mandar mensagens pelo celular. Do soltar pipa a ler um livro digital.

Este caras já sabem que conhecimento não esta só na escola. Que informação vale mais do que qualquer coisa e que colocar o conhecimento em prática tem mais valor do que apenas tê-lo. Isto se chama sabedoria. Quanto ainda temos que aprender. Com certeza tu vais lembrar daquele pior professor que você tinha. Daquele que cobrava mais, que se dedicava; e, que naquela época você o chamava de rigoroso. Bom! Eles fora os cara com o que eu mais aprendi. E, digo mais. Como eu aprendo com os meus alunos, com as situações do dia-a-dia e com as coisa que vejo na Internet.

Queres saber o método? Tesão com T maiúsculo e pré-disposição de ensinar e aprender.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Interatividade nos vídeos

Algum tempo atrás quando eu falava sobre a interatividade em vídeos para meus alunos de sociologia do lazer e de recreação todos sem exceção pensavam apenas nas possibildiades de interatividade junto aos vídeos games.

Esta realidade a cada dia vem sendo transformada, visto que a interatividade esta ultrapassando as barreiras dos vídeos games para estarem compondo as escolhas, mesmo que previamente estabelecidas pelos produtores, mas que possibilitam o expectador a interagir com aquilo que esta assistindo e seguir um caminho escolhido.

Vasculhando o Youtube encontrei um vídeo muito interessante da Adidas Calle, que apresenta um possibilidade de interação entre vídeo e expectador. Dá uma olhada.



Além de ser um possibilidade interessante, note que cada vez que você que leh a aparece uma escolha, esta faz com que haja o desejo de visualizar o que um dos 3 personagens do vídeo pode apresentar. Então, você vai clicando e assistindo. Note também, que para a publicidade e propaganda é uma forma excelente de fazer com que o consumidor posso além de ficar mais tempo "linkado" nos seus produtos, o mesmo possa neste caso compreender mesmo que visualmente os moods criados para aquele determinado produtos e marca.

Isto quer dizer que quanto mais vejo o vídeo, mas posso me identificar com a marca, pois posso comparar as experiências vividas pelos personagens com as possíveis experiências que poderemos ter com aquele determinado produto. Com base nisto, se pode tirar uma série de conclusões, que podem inclusive não serem concluídas, pois se pode criar continuações e continuações.

Pensei que isto se resumia apenas ao Youtube, visto a possibildiade de criação dos hiperlinks. Um dia chegando em casa João Vitor saca de sua mochial um dvd do Playmobil. Lembro que playmobil era um brinquedo que eu tinha quando criança;e, que meu filho hoje recebe de presente dos tios que também brincavam.

Então, no meio do caminho do vídeo do playmobil aparece as opções para seguir o percurso da história, perguntando-lche se quer ir para uma ou outra. Com o controle do dvd o pequeno de 4 anos faz a sua escolha e segue assistindo.

Veja que aqui a publicidade esta apenas no trailer que atencede o vídeo, mas as possibildiades de interação também estão presentes, mesmo que induzidas por opções criadas antecipadamente por alguém que não se conhece ou mesmo desfocada da nossa cultura cotidiana.

A realidade aumentada também é um fenomeno que pode contemplar estas situações. Na tampa da caixa de sandália do Ben 10 ganha pelo João Vitor no dia das crianças, um quadrado preto e branco com um símbolo ocupa quase que 50% do espaço. Então o pequeno galego coloca no www.algumacoisa que havia escrito na caixa e começa a posicionar a tampa na frente da webcam. Só escutávamos os gritos de: "Noooosssssa. um alienígena". Foi um tira e coloca de tampa da caixa de sapato na frente do computador que foi uma loucura.



O mais bacana de tudo isto é que todas as interações estão direcionando as pessoas para a web, possibilitando com que o interesse que por hora pode ser apenas de curiosidade se transforme em dependência de experiências. Experiências que podem ser transportadas para o mundo real.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Gerenciando Cérebros e Organizações

Constumo no blog sempre apresentar textos de minha autoria, mas depois de uma tuitada acabei encontrando este texto que trago na íntegra abaixo.


“Ou as organizações aprendem a gerenciar cérebros ou não serão mais organizações”, afirma especialista

Mais do que gerenciar pessoas, as corporações que desejarem passar ilesas pelas tempestades do mundo contemporâneo, vão ter que aprender a gerenciar cérebros e todas as suas peculiaridades. Gerenciar cérebros é, portanto, o novo e grande desafio da liderança moderna, pois o bem-estar da organização passa, necessariamente pelo bem-estar das pessoas, e o bem-estar das pessoas passa, imprescindivelmente pelo bem-estar de seus cérebros.

É sabido que o homem, como animal social que é, necessita emocionalmente do relacionamento, das conexões com seus semelhantes. Tal fato se demonstra nas mais diversas e complexas estruturas sociais que desenvolvemos desde os nossos ancestrais, no intuito de garantirmos a sobrevivência e o domínio do planeta. Assim como na sociedade, na família, na escola, nas empresas, estabelecem-se níveis e hierarquias de poder que determinam a organização dessas estruturas e garantem a coexistência de seus membros.

O cérebro e o poder

Em qualquer tipo de estrutura social organizada podemos vislumbrar alguns tipos de poder, dos quais se destacam:

• Poder posicional
É o poder inerente à estrutura da organização, normalmente definido por um cargo ou função ocupado necessariamente por uma pessoa. Exemplos: O pai, na família; o gerente, na empresa; o prefeito, no município.

• Poder de recompensa
Comumente vinculado ao poder posicional, é o direito que o ocupante de um cargo ou função na estrutura tem de recompensar pessoas por um comportamento adequado.
Exemplos: O elogio do pai ao filho; a premiação do gerente ao funcionário; a promoção do prefeito ao servidor.

• Poder coercitivo
Também diretamente conectado ao poder posicional, é a capacidade adquirida pelo ocupante de um cargo ou função de punir um comportamento inadequado.
Exemplos: O castigo do pai ao filho; a demissão do funcionário pelo gerente; o corte da gratificação do servidor pelo prefeito.

• Poder de especialização
Diz respeito ao conhecimento ou habilidade específica que alguém possui e desperta o interesse de determinado grupo de pessoas.
Exemplo: Um consultor especialista em finanças em relação a um grupo de analistas financeiros.

• Poder de referência
Associado ao aspecto humano do indivíduo, à sua capacidade de cativar, conquistar, persuadir e mobilizar pessoas independentemente daquilo que representa em determinada estrutura. Ou seja, é o poder vinculado ao caráter, ao carisma, ao comportamento.

Diante das evidências, é fácil inferir que numa era de gestão de cérebros, o único poder que resolve é o ‘Poder de Referência’. E isto acontece porque o poder de referência é o único que contempla todas as nuances do cérebro alheio.

O cérebro e as organizações

Quando éramos coletores e caçadores, as estruturas sociais eram simples, vivíamos com base no nomadismo, habitávamos tribos e o poder era concentrado normalmente na mão do mais forte e ágil do clã. Evidentemente, nossos ancestrais dispunham de uma estrutura cerebral primitiva que atendia suas demandas, diga-se de passagem, extremamente básicas.

Há aproximadamente 12 mil anos, nos tornamos agricultores e passamos a viver de forma sedentária, sustentados por uma estrutura social mais complexa. Surgiram as comunidades e aparece de forma declarada, pela primeira vez na história humana o ‘Poder Posicional’. A era dos senhores feudais, dos coronéis e dos capatazes. Uma sociedade hierarquicamente posicionada, onde poucos mandam e muitos obedecem.

Neste momento, as pessoas têm seus cérebros atrofiados, pois executam atividades repetitivas, mecânicas, onde o sistema nervoso periférico com seus nervos motores é suficiente para o gerenciamento do comportamento. Não há pensamento crítico, análise, julgamento, criatividade (atividades cognitivas tipicamente humanas).

O ápice do ‘Poder Posicional’ acontece no final do século XVIII, quando teve início na Inglaterra a tão difundida revolução industrial. Surge a relação Capital versus Trabalho, onde o capital vale mais. As organizações e as pessoas passam a celebrar contratos em que impera a execução de atividades em detrimento do pensamento crítico e racional. Novamente, os cérebros são relegados aos bastidores da atividade econômica. Uma frase de Henry Ford retrata bem o modelo vigente nessa época: “Toda vez que eu preciso de um par de mãos para trabalhar, vem junto uma pessoa para atrapalhar...” disse ele. O que as organizações desejavam era justamente a mão-de-obra.

Por volta da década de 1980, culminando com a revolução das telecomunicações e da tecnologia, surge a Era do Conhecimento, e finalmente, a capacidade cognitiva humana passa a ter seu espaço nas intrincadas estruturas sociais. Sai a expressão mão-de-obra e surge o modelo cérebro-de-obra. As organizações descobrem o óbvio: as pessoas são melhores quando pensam!

Atualmente, vivemos uma novíssima economia – tão nova que já não está baseada na informação, mas sim na competência em utilizá-la. O mais fantástico: essa competência é essencialmente comportamental, e os comportamentos, como bem sabemos, dependem dos cérebros. Ora, se os comportamentos são respostas aos estímulos que recebemos nos mais variados contextos em que atuamos, e essas respostas dependem exclusivamente de como nossos cérebros mapeiam esses estímulos, então é justamente nos sistemas nervosos de cada indivíduo que devemos nos concentrar.

O cérebro finalmente está no comando

Com o intuito de entender mais e melhor a complexidade do comportamento humano, a neurociência vem flertando já há algum tempo com as estruturas de gestão de pessoas nas organizações para promover mudanças no modo de operar das diversas estruturas sociais a partir da gestão dos comportamentos humanos. Cada vez mais, treinamentos, ferramentas e pesquisas estão sendo viabilizados no sentido de potencializar as habilidades cerebrais, aumentando o nível de atenção, a concentração, a capacidade de retenção e aprendizado, a inteligência emocional, melhorando assim as respostas comportamentais das pessoas nos diversos ambientes em que atuam.

No início da década de 1990, o presidente americano George W. Bush anunciou que aquela seria a década do cérebro, e ele estava certo. Se nas eras industrial e da agricultura a produtividade estava relacionada à aptidão física das pessoas, na era do comportamento, definitivamente a produtividade está associada à aptidão mental. Se analisarmos as estruturas mentais mais primitivas: cérebro reptiliano e límbico (instintos e emoções), não perceberemos diferenças significativas entre o animal humano e os demais animais que habitam este planeta. O que nos diferencia, nos torna especiais, únicos e capazes de dominar este pequeno ponto azul alocado no universo é nosso córtex superior.

Cientistas têm mostrado com veemência por meio de imagens de ressonância magnética, que pessoas que foram expostas a situações específicas e as julgaram justas, tiveram seus centros de compensação do cérebro ativados como acontece quando se encontram com entes queridos por exemplo. Isto significa que houve aumento na emissão de serotonina (neurotransmissor do bem-estar, que tem profundo efeito no humor, na ansiedade e no comportamento agressivo de um indivíduo).

Este fato abre um precedente para que a gestão de recursos humanos nas organizações passem a implementar políticas para o cultivo da justiça e de recompensas que inspirem as pessoas a terem mais confiança. De fato, o ‘Poder Posicional’ perde espaço neste contexto, pois o único poder capaz de estabelecer vínculos de confiança com seres humanos é o ‘Poder de Referência”. Assim, a empresa do futuro, focada nos cérebros que nela atuam, formará gestores com maior interesse nas pessoas, capazes de apoiá-las e recompensá-las verdadeiramente.

Na Era Wellness (era do bem-estar), não há mais sentido em alguém se orgulhar em viver sob altas doses de pressão e estresse e não ter tempo para nada. Um gestor perverso, que promove estresse em seu ambiente de trabalho, irá inundar o cérebro de seus colaboradores com cortisol, fazendo com que se desliguem, se fechem para novas ideias, percam motivação e parem de nutrir o desejo de ajudar. Sem contar que o estresse prolongado diminui a produção de neurônios, compromete muito a memória, afeta os sentimentos, reduz a imunidade do organismo e influencia negativamente a longevidade.

O cérebro e a qualidade de vida

Suzana Herculano Houzel, neurocientista brasileira, chefe do Departamento de Neuroanatomia Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é da opinião de que pessoas que têm mais atividade mental têm, em conseqüência, maior qualidade de vida. Para ela, o cérebro ideal é aquele com o qual nos sentimos bem. Pessoas que estimulam mais seus cérebros aumentam suas habilidades cognitivas, expandem suas sinapses, otimizam seus neurônios e enfim, tornam-se mais inteligentes.

A qualidade de vida de uma pessoa está diretamente relacionada à qualidade de suas escolhas, e suas escolhas dependem de um cérebro saudável. É fascinante notar que a maioria das pessoas está tão automatizada em suas experiências cotidianas que não reflete mais sobre suas próprias prioridades, e elas escolhem num automatismo assustador.

Essa rotina de comportamentos automatizados, repetitivos e previsíveis atrofia a atividade mental de qualquer pessoa, limitando-a, tornando-a pior a cada dia. Um cérebro pouco estimulado é um gigante que adormece. Sem dúvida, a sensação de bem-estar no dia-a-dia depende diretamente da qualidade da vida mental do indivíduo. Os cientistas são unânimes em afirmar: Assim como exercitamos nossos músculos para que os mesmos não atrofiem, necessitamos exercitar nosso cérebro para desenvolvê-lo. È claro que o tipo de exercício é bem diferente.

Os pesquisadores defendem que é preciso manter constantemente a atividade dos neurônios. Assim, o cérebro fica afiado. A malhação, neste caso, é feita com estímulos frequentes, como aprender um novo movimento de dança, ler sobre um assunto com o qual não está habituado ou simplesmente mudar o caminho do escritório até sua casa. Atitudes como essas, segundo os especialistas no assunto, são capazes de aumentar o poder de raciocínio, a concentração e até habilidades como desenhar ou escrever.

Uma das provas de que exercitar a mente é fundamental para a juventude do órgão foi publicada em 2001 no Jornal da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos da América. Pesquisadores americanos mostraram que pessoas com o hábito contínuo de ler, jogar xadrez, fazer palavras cruzadas ou dançar estão duas vezes mais protegidas do mal de Alzheimer – doença degenerativa que pode surgir com o envelhecimento – do que as que passam a vida acomodadas, apenas assistindo TV, por exemplo.

Os cientistas entrevistaram os familiares de 193 pacientes com o problema para identificar os hábitos culturais dos participantes e também conversaram com 358 pessoas sãs. Todos tinham cerca de 70 anos. Concluíram que quem sofre do mal de Alzheimer geralmente costumava passar horas diante da TV ou ao telefone, enquanto os voluntários saudáveis sempre exercitaram o cérebro.

O cérebro e a mente

Um cérebro pode morrer! E quando ele morre nosso corpo também morre. Todavia, a mente é capaz de se manter viva e tornar-se eterna. A mente é a maior riqueza de uma pessoa, é seu legado, é o que fica quando o cérebro “desliga”. Ela guarda seus segredos, vontades, desejos, anseios, memórias, histórias, e tudo mais que diz respeito a você como criatura humana.

As organizações modernas, mais do que em qualquer outra época da história do homem na terra, querem pessoas capazes de influenciar seus contextos com suas mentes. E para tal, tornam-se fundamentais cérebros ativos, saudáveis, devidamente estimulados. A sociedade necessita urgentemente de seres humanos que desenvolvam e utilizem a maior de suas potencialidades: a atividade mental cognitiva. A mente é o que fica do uso que fazemos ao longo da vida desse ilustre desconhecido: o cérebro.

Talvez, a descoberta mais fantástica que qualquer pessoa pode fazer a respeito de seu próprio cérebro é que ele tem uma incrível vocação social, ou seja, é voltado para o relacionamento. Quanto mais nos relacionamos, maior será nossa aptidão mental desenvolvida. As diversas organizações que criamos ao longo de nossa história como ser pensante (família, escola, empresa, comunidade, estado, país, etc) são uma busca inconsciente e compulsiva de nossos próprios cérebros em satisfazer sua vocação natural.

Em poucos anos, ou as organizações aprendem a gerenciar cérebros ou não serão mais organizações. Por que as organizações dependem dos cérebros, que necessariamente necessitam das organizações.

Gerson Rodrigues (Especialista em Marketing de Relacionamento, em Vendas Diretas com ênfase em CRM. Palestrante, consultor e autor do livro: Atendimento Nota 1000, o que fazer para encantar e fidelizar clientes.

HSM Online
23/08/2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Eleições: qual será a sua promessa?

Em época de eleições as promessas estão a cada dia mais afiadas e alinhadas as necessidades da população e da sociedade. Tem gente que promete até ser honesto, ético e bonzinho, pode?

Você já fez a sua promessa? Pediu o seu voto? Fez campanha? Você pode me responder que não é candidato e nem filiado a nenhum partido politico e que não gostaria nem mesmo de votar nestas eleições.

Pois é. Eu também me sinto estas coisas. Mas será realmente que não fazemos promessas? Vamos lá. Toda a vez que você se compromete com alguém ou com algo que deverá executar em sua ação de trabalho, nada mais é do que uma promessa, já que alguém acredita em você. Quando você faz marketing pessoal ou apresenta os dados de sua área informando os resultados obtidos ou as propostas, projetos e programas que serão desenvolvidos, faz campanha.

Quando alguém é promovido, aquele ou outro foi eleito para determinado cargo representando alguém, ou seja, quem é eleito além de ser eleito por alguém, ele o representa. Nas empresas os eleitos representam a instituição, os seus pares e colaboradores.

Então, corporativamente os componentes das eleições podem ser visualizados todos os dias em nossas ações. A diferença entre as eleições para cargos políticos e para as empresas é que nas empresas meritocráticas os eleitos são por competências e méritos, muito diferente da outra classe.

O pior de tudo é que os eleitos na categoria politica para cargos públicos a cada dia estão mais desacreditados por aqueles que deveriam elegê-los.

O trágico vira cômico em alguns momentos que as propagandas políticas, debates e discursos são vistos como um momento de lazer por alguns, de revolta por outros, ou mesmo de tentar visualizar o cenário menos pior.

Então, promessa é dívida como diz o ditado popular. Prometa apenas o que pode cumprir, ou daqui a pouco terá que fazer campanha para mostrar que pode fazer. Leve um histórico de ações e resultados. Nada melhor para uma boa campanha.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Eventos Corporativos

Nos últimos anos as empresas esta cada vez mais aderindo aos eventos como forma de aproximação com osseus clientes, fornecedores, pareceiros e colaboradores, visto a grande eficácia que as ações e resultados gerados pelos eventos proporciona ao negócio.

A perspectiva de pensar os eventos corporativos com uma grande oportunidade de gerar negócios, capacitação e contato com público faz com que várias estratégias sejam desenvolvidas para cada tipologia de eventos em ambito empresarial.

A grande interrogação que paira sobre a cabeça dos gestores das empresas está na decisão de contratar externamente uma empresa de eventos ou possuir dentro da estrutura da empresa uma equipe que possa de forma profissionais atender as demandas da organização.

Estas e outras questões serão discutidas no Curso Gestão de Eventos Corporativos, que será realizado pela UNISUL de Florianópolis entre os dias 08 a 18 de novembro, além da apresentação de conteúdos relevantes para o desenvolvimento de eventos em ambito empresaria, como:

. Concepção e Dimensionamento de Eventos;
. Comercialização de Eventos e desenvolvimento de projetos;
. Comunicação e Marketing de eventos;
. Pré-produção e produção de eventos;
. Execução e avaliação de eventos com base em ROI (retorno sobre o investimento)
. Gestão de eventos simultâneos;
. Inter-relacionamentos entre os setor de eventos e demais setores da empresa.

Clique aqui e obtenha informações adicionais.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Meu neto é turista profissional: por que ele não consegue um emprego fixo?

"Meu neto é turista profissional: por que ele não consegue um emprego fixo" foi a fala da avó da minha esposa quando descobriu que seu neto de 19 anos, cursando a 2a fase de Relações Internacinoais, fluente em língua inglesa e atuante no mercado de viagens e turismo para adolescentes estava em Búzios com um grupo de jovens da sua idade e não tinha um emprego fixo.

Raul o protagonista da história nas suas férias de julho da faculdade estava guiando um grupo de adolescentes, assim como ele; e, ao ligar para que estava vivo gerou um grande nó na cabeça da Dona Lígia. Com mais de 80 anos não consegue compreender as novidades deste mundo e principalmente as alterações no mundo do trabalho e as novas formas de relações do homem com o trabalho e do trabalho com o homem.

Sentados na sala tentei explicar o que estava acontecendo e dizer a ela que Raul é um cara pós-moderno e que alia prazer ao trabalho e transforma seu trabalho em lazer. Então, na complementação do telefonema ele diz que depois que guiasse o grupo em Búzios poderia ficar mais uns dias para aproveitar a cidade, mas recebeu um chamado para guiar outro grupo para Porto Seguro; e, que na tarde de folga iria fazer um curso de mergulho. Ainda, para completar a confusão que na cabeça da anciã, disse que de bônus teria a possibilidade de retornar a Búzios e ficar mais 3 dias somente aproveitando e não mais trabalhando.

O espanto foi tanto que ela chegou quase ao surto, dizendo-me que ele precisava ter um emprego, um chefe e uma cadeira para sentar. Mais uma vez disse: vó o emprego acabou, o cara fala inglês é descolado, conhece as tecnologias, redes sociais; e, para completar é responsável. Se a senhora colocar esse cara para sentar em uma cadeira ele irá ficar 2 dias e vai pedir demissão. Então vó, relaxa e deixa o cara curtir, como eles dizem nesta faixa etária. Meio contrariada ela entendeu, quer dizer, fingiu que entendeu.

Uma olhadinha neste vídeo para compreender o que acontece neste novo mundo; e, depois eu explico mais.



O que aconteceu? O careca de cavanhaque não tem sala de trabalho, o computador e as experiências são as ferramentas do turista profissional, assim como o Raul que tá seguindo o mesmo caminho.

Além desta galera que está iniciando sua atuação profissional e antenada as novas possibilidades de formas de trabalhos diferentes, estão os tiozinhos que ainda não compreenderam o quão importante esta geração se faz fundamental para o mercado de trabalho e o sucesso das empresas.

Pergunte a 10 amigos seus se eles possuem alguma conta em redes sociais ou quantas vezes acessaram o google nesta semana. Tenho certeza que pelo menos 1 terá uma resposta positiva. Pois é. Esta galera está aprendendo de forma auto-didata a fazer negócios nestes meios e dar propulsão a sua empresa com as ferramentas que podem ser acessadas em qualquer lugar do mundo com apenas um clique no celular, no Ipad ou netbook.

Said Ali e FranSk8 são as criaturas que tenho neste semestre juntamente com a minha equipe de produtores de eventos e que são assim como o Raul. Conseguem fazer um monte de coisa ao mesmo tempo; e, ainda atender as suas demandas. São stylos como eu digo, porque esta galera tem estilo próprio e uma personalidade de dar inveja aos mais experientes. Na equipe de uma das unidades que atendemos de quase 15 pessoas o mais velho sou eu acreditem, com 34 anos.

Digo que " quem menos anda voa"; e que a preocupação da perfeição e das ações com excelências são  de fazer a gurizada se cobrar até ficar do jeito que eles desejam.

Vó Ligia! Está é a galera. Um povo animado com fome de mundo e com muita tesão nas coisas que fazem, além de entender que um lugar é apenas um lugar e que pode no próximo mês, hora, ou minuto ser alterado. Que não consegue trabalhar sentado e que vê o mundo de forma diferente.

Então, ou agente se adapta ou vai ver o filho de 4 anos digitando antes de escrever.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mudança de Modelo Mental: sobe a escada ou toca piano?

Trarei nesta postagem um pouquinho da minhas aulas de pós-graduação na disciplina de Integração e Desenvolvimento de Competências na qual em um dos tópicos exponho as necessidades de mudança de modelos mentais para pudermos acompanhar as alterações sociais e do mercado.

Então, começo fazendo uma brincadeira na qual os alunos ficam e duplas e disputam uma caneta equidistante as suas posições, marcando pontos a cada "pegada" da caneta. Na primeira etapa parece ser muito simples, conto até 3 e quem for mais rápido pega a caneta e ganha o ponto. Simples. Isto quer dizer que é preciso apenas ser rápido e ficar a atento ao 3.

Na segunda etapa, conto uma historinha informando que a "pegada" na caneta será apenas quando no meio da história aparecer a palavra vermelho. Conto então, uma fábula infantil que aprendemos quando eramos crianças; e, começo assim: Vocês conhecem a história da Chapeuzinho Vermelho; e, é aquela correria para pegar a caneta. Continuo contando e intercalando o vermelho por verde, começando então a mudança de modelo mental.

Neste momento não temos mais somente a rapidez ou hagilidade, mas há necessidade de pensar antes de agir, principalmente por que o vermelho da chapeuzinho já está encravado em nossa mente. Quando o vermelho se transforma em verde a sensação que tenho é de um travamento total dos participantes da brincadeira.

Depois disto, faço uma reflexão dos paradigmas e das necessidades de alterações dos nossos modelos mentais para que possamos viver, conviver e competir nestes novos cenários. Reforço adianta que  apenas ser rápido não resolve, pois ser rápido sem pensar pode gerar um erro estratégico, como dizem os gestores quando erram alguma coisa. Aqui quero fazer um parênteses: Erro estratégico? Creio que quando se desenvolve uma estratégia é para não errar, ou ao menos se deve pensar nos pontos críticos e nos riscos. Isto possibilita a minimização dos erros. Creio também que uma estratégia errada se faz errada pela falta de mensuração e de indicadores no ambito da implementação da estratégia, visto que as estratégias emergentes podem "salvar" aquilo que se apresenta como um possível erro.

Voltando a simples historinha da chapeuzinho vermelho que pode ser verde; e, criada por alguém que disse que era vermelho e sempre acreditamos nisto, mas poderia ser verde, azul, amarelo ou qualquer outra cor. Se eu contar para o meu filho que é verde ele vai acreditar que é verde, pois não conhece. Se já conhece poderia ficar em um estado conformista, aceitando a troca da cor; ou alterar seu estado para crítico, perguntando-me por que na história o chapéu era verde e não vermelho; ainda, para finalizar, poderia me perguntar se o chapéu não poderia ser branco, tendo uma postura criativa.

Modelo mental tem a mesma característica. Se somos criados para pensar e induzidos a pensar de forma conformista, tudo que acontecer foi por que Deus quis ou por que é assim mesmo. Se somos críticos, todos serão rotulados de corneteiros, pessimistas, ou aquele que torce para o jacaré. Já, se somos criativos, somos chamados de inovadores ou de loucos. Quantos rótulos não é mesmo? Prefiro ser chamado de louco do que ficar esperando Deus decidir se o jacaré vai ou não aparecer.

Nos negócios necessitamos alterar nossos modelos mentais todos os dias, mas nem todos conseguem fazer isto. Se tu bates na madeira, tens uma carranca na porta de entrada, ou um pé de arruda no teu escritório é porque realmente a coisa está ficando feia; e, então meu amigo, está na hora de mudar o modelo mental rapidamente. Ou muda, ou morre, ou corre. São as necessidade de Choppra expressadas pelas necessiddades e respostas.

Mas confesso que subir a escada ou tocar piano título desta postagem e que até agora não fiz menção é uma tarefa árdua, por que requer um novo modelo mental, algo atrativo, inovador, possibilitando uma nova experiência, sensação e significado.

Confira o quer eu estou falando assistindo o vídeo abaixo:





Pensar que até os mais velinhos deixam de subir sem fazer esforço apenas para poder desfrutar de notas musicais, que podem por vezes ser desconexas e desarmonicas faz com que haja um inicio de alteração do modelo mental para a experimentação do novo. Já pensastes que aquelas pessoas que passam pela estação todos os dias estão acostumadas a subir de escada rolante trocam pelo piano? Por qual motivo? Desejo de mudança, de coisa nova, ver algo diferente acontecer e de se diferenciar dos outros.

Então. Finalizando, mudar o pensamento requer postura individual e coletiva, principalmente em organizações sérias que buscam resultados positivos e sucesso. Inspirar as pessoas e conduzí-las para pensarem de forma diferente faz com que haja uma oxigenação das culturas, das estruturas e criaturas, com base em uma estratégia clara, definida e tangível, pois não podemos apenas ser rápidos, mas necessitamos ser rápidos e acertivos.

Dá uma tocadinha no piano, mas acerta as notas, por que não têm nada pior do que algo desafinado, tanto para o ouvido, quanto para os negócios. Desafinado nos negócios é chamado de desalinhado.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A Magia das Telas Brilhantes: a transformação do educar

Tenho pensado constantemente sobre a revoluçãodo processo educacional que estamos vivenciando neste século, já que a cartilha didática da minha primeira série que minha mãe guardou durante tantos anos e que hoje faz parte da minha estante de livros, ela já esta ultrapassada para meu filho de 4 anos; e, vejam vocês, na época eu tinha 7 anos.

Vocês poderiam dizer: Geraldo, os tempos mudaram, aquele livro didático evoluiu e hoje a cartilha é outra.

Pois bem. Pode ser que sim, mas creio que não existe cartilha que dê conta nos dias de hoje das necessidades de aprendizado dessa juventude que sei lá como serão chamadas. X, Y. Os nascidos a partir de 1980, 1990. Poderíamos chamar quem sabe os que nasceram de 2000 até hoje de Geração Global, ou se quisermos uma nome mais bonito e americanizado poderiamos chamar de Global Generation. Fica bonito mesmo.

Independente de qualquer forma de classificação ou rótulo, sei que eu e meus amigos que tiveram filhos no milênio de 2000,  já estão com os filhos digitando seus nomes e derivações do www.algumacoisa.com sem mesmo antes de aprenderem a segurar um lápis ou mesmo uma caneta. João Vitor (04 anos) abduzido pela tela magica do seu celular, ops! aqui que abrir um parênteses. O celular que me refiro fio um aparelho que não queríamos mais, por que estas coisas agorasão descartáveis; e, ele simplesmente adotou como o seu celular. O que ele faz? Joga. Continuando e fechando o parênteses. João Vitor então dá um grito de seu quarto, dizendo: pai, não consigo terminar o meu nome. Perguntei a minha esposa: terminar o nome, como assim? Ela com a sua magistral habilidade materna disse: Vai ver o que ele tá fazendo. Corri. Quando chego no quarto a surpresa. O cara tinha batido o recorde do jogo e já tinha escrito joaov.

Como não tinha mais espaço para a inserção dos caracteres ele ficou brabo por que o nome ficaria incompleto. Outro dia em uma reunião, um dos meus colegas relata que ao chegar em casa observa o filho jogando video game com o computador ao lado conectado ao Google para saber quais as formas de truques para passar as fases do jogo.

Essas telas mágicas. Imaginem que alguém possa digitar antes de escrever? Hoje não olho mais com negatividade o aluno que entra em sala de aula e a primeira coisa que faz é tirar seu super notebook da mochila e apoiar sobre a mesa escolar. São os cadernos do futuro; e, para completar ainda complementam a aula com as informações obtidas pelos blogs, fóruns e wikipedias.

Quanta modernidade desta Global Generation. Inglês? Vão todos nascer com este aplicativo. Aqui cabe duas historinhas.

A primeira vem sendo do João Vitor o protagonista das minhas aventuras como pai-educador. 8 horas da manhã o galego já esta acordado para ver o desenho Word World. Algum criativo, que com certza não viu o filme De volta para o futuro, ou nem mesmo usou Rider de borracha, ou comeu balas xa xa, criou um desenho na qual os bonecos e qualquer objeto traz no traço o seu nome em inglês. Então, a casa que se chama House, tem o formato das letras que forma House. Sinistro, como digo aos meus alunos de graduação.

E, lá esta o camaradinha de 4 anos repetindo as palavras em inglês passadas na tela mágica brilhante.

Outra para fechar as quantidades de histórias desta postagem, foi uma ligação de meu cunhado de 17 anos, que é fluente em inglês desde os 9. Me perguntava: Tô fazendo comercio exterior, já sei falar inglês que outro idioma tu achas que preciso aprender. De pronto e sem pestanejar lhe falei: querido é o Mandarim, só que como demora um pouco mais para aprender, vai fazendo espanhol junto.

O mundo das telas mágicas brilhantes fazem até o cachorro da família sentar-sena frente para ver o que esta aocntecendo no mundo, quem dirá as criaturas ditas racionais.


Então, temos uma situação: como educar, se já estamos sendo educados desde que nascemos. Alfabetização? Aquela que acontecia na escola, esta pra mim tem mais cara de um complemento do que qualquer outra coisa. Livro? Já tem  até Monteiro Lobato virtual.

É professores, educadores e pedagogos, muito cuidado quando entrarem nas salas de aulas, quem sabe o aluno pode entender mais da matéria do que você, ou te perguntar se você viu na internet as últimas notícias que aconteceram no mundo.

Tudo isto é possivel; e, ainda, possivelmente teremos que a cada dia nos adaptar as telas brilhantes, que realmente são muito mais interessantes que os quadros negros, ou brancos. Que elas brilhem para o bem e para o nosso desenvolvimento.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Tem que ser Cabra da Peste: determinação, planejamento e posicionamento para os novos cenários

Durante 5 anos "cantei" minha sogra para que me desse uma linda escultura de barro de retirantes nordestinos, que hoje é a obra de arte mais valiosa de meu escritório; e, cada pessoa que a vê se encanta. Sempre fui um apaixonado pela cultura do Nordeste, mesmo sendo sulista; o livro Vidas Secas de Graciliano Ramos foi um grande aprendizado e incentivo na luta contra as dificuldades. Então, em 2007 por conta de um evento tive a oportunidade de conhecer um pouco mais a região Nordeste do Brasil e tive a grata satisfação de conhecer Caruaru e o Alto do Moura.

Por acaso fiz um curso de modelagem em Arte Figurativa e um dos artistas era o mesmo que a mais de 35 anos havia criado a peça que hoje tenho em meu escritório e que inclusive é mais velha do que eu. Hoje quando alguns querem tocar nos retirantes logo digo: "Meu querido, muito cudidado", complemento dizendo com sutileza, " pode tocar com os olhos e sentir com o coração"

O Alto do Moura é um lugar espetacular possuíndo uma rusticidade típica do Nordeste brasileiro, humilde na forma de viver e riquíssimos na criatividade e na determinação, ou seja, Cabras da Peste, como dizem o povo de lá.

O pior, que na verdade é o melhor de toda esta história é que adotei a expressão nordestina a minha equipe de trabalho. Quando as coisas não vão bem, ou quando as dificuldades estão surgindo e a equipe está começando a desanimar, chamo todo mundo e conclamo dizendo: "Moçada, tem que ser cabra da peste".

Nestes últimos dias estava navegando na internet e assisti um vídeo fantástico de um nadador de águas congeladas e que demonstra o quanto a determinação dos cabras da peste se faz importante nos momentos cruciais. Confira o depoimento:



Mas ser determinado somente não adianta, ter uma forma de se inspirar quando algo não vai bem tamb-em pode ser algo inócuo. Além de todas estas variáveis o planejamento, o posicionamento, o inter-relacionamento, o desenvolvimento de redes sociais, o profissionalismo e um pouco de visão estratégica ajuda no desenrrolar das questões que em determinados momentos podem parecer insolúveis ou impossíveis de serem executadas.


Primeiramente temos que conduzir nossos pensamentos para a criação de um modelo mental de que tudo é possível, na qual a estratégia e a experiência podem auxiliar, juntamente com o tempo, visto que dá tempo de fazer tudo.


Ainda, melhorar a cada dia os processos e a gestão. Costumo dizer a minha equipe quando temos uma quantidade grande de projetos simultâneos, que "se estamos com dificuldades precisamos melhorar nossa gestão e alocar melhor os recursos, conduzindo-os para um melhor resultado".

Muitas vezes temos que respirar fundo, olhar o cenário onde nos encontramos, pensar um cenário pior e um cenário melhor; o que podemos fazer para piorar ou melhorara situação e quem sabem como o nadador de águas congeladas contou, mudarmos nossa estratégia, definirmos nosso posicionamento e convocarmos os cabras da peste.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Quando a Visão é Maior do que a Ação

Muitas empresas pensam no futuro, mas nem todas estão pensando no presente, ou mesmo pensando no mundo das coisas necessárias para o atendimento das necessidades urgentes e que garantem a operação do negócio.

Com estas primeiras linhas vocês irão dizer que além de cético eu não dou valor ao planejamento estratégico. Como não sou nenhum alienado; e, se quisermos fazer um comparativo vulgar, alienado poderia vir de alienígena, ou seja alguém de outro planeta, como muitas vezes temos aos montes nas organizações, o planejamento estratégico e a visão são extremamente importantes no desenvolvimento das organizações, porém, em determinados momentos muito quer se olhar para o futuro e se esquece que o futuro depende substancialmente das ações do presente.

Costumo relacionar estes tipos de situações a uma parábola budista que fala:

" Se quiseres entender o presente, lembre daquilo que você fez no passado. Se quiseres saber como será o seu futuro, veja o que estás fazendo no presente". 

Simplificadamente isto se chama causa e efeito, ou seja: aqui se faz, aqui se paga; e, por vezes se paga caro, principalmente no mundo que impera a ditadura financeira, na qual a cada dia o dinheiro é mais escasso e os juros são mais altos. Esta razão - a de causa e efeito - também serve para a gestão,principalmente quando o processo gerencial entende que fazer o bom não serve e foca a visão no ótimo, criando uma fantasia que idealiza-se, mas não se concretiza de fato, isto se chama utopia. Não sou um estudioso das utopias, mas se você entrar neste link do Wikipedia você entenderá o que eu estou tentando dizer. Clica lá.

Mas então não deveremos ter sonhos? Aspirações? Visões? Para tentar responder vou me debruçar um pouco sobre Ulisses, personagem e herói  Grego retratado por Homero, nas obras Ilíada e Odisseia. Ulisses era um dos maiores estrategistas do período clássico, além de ser um bravo guerreiro, na qual suas estratégias auxiliaram-lhe na guerra, no amor e no combate as manifestações dos Deuses contra suas  expedições. Diz a história que a ideia da construção de um cavalo de madeira para tomar a cidade de Tróia tenha sido uma estratégia criada por este destemido herói.

O que me faz trazer Ulisses para este texto está na lembrança de uma aula de Gestão de Empresas de Cultura e Eventos, que participei na Scuola di Ravello, centro-sul da Itália. Cada grupo de alunos deveria trazer um símbolo que representasse a empresa que o grupo haveria de criar.

Um grupo de alunos traz consigo uma figura de Ulisses sobre uma tartaruga, que trago abaixo:

Mais de 35 pessoas ficarão intrigadas com a imagem, que foi apresentada. E, eu como bom brasileiro e com  uma curiosidade científica do tamanho do mundo, no final da apresentação, perguntei:

Porque da figura de Ulisses sobre uma tartaruga?

Fillippo Petti arqueológo medieval e um grande amigo, explicou-me com grande serenidade:

Ulisses além de um herói era um grande navegador e guerreiro, na qualmuitas das vezes instigava a ira dos Deuses. Em das vezes os Deuses fizeram com que seu barco naufragasse, então Ulisses que era um herói faz um chamado para que uma tartaruga venha lhe salvar. Neste, momento um grande tartaruga marinha aparece e se coloca a disposição de Ulisses para carregá-lo em seu casco. Salvando do naufrágio.


Alguns dias após a aula, fomos visitar Paestum - a cidade de Posseidom, como conhecemos - alvo de outra postagem. No Museu Arqueológico de Paestum, em uma das paredes verifico encravado na pedra a mesma figura apresentada. Volto a Fillippo e digo: Olha o Ulisses e a tartaruga ai novamente.

Volta com seu sábio conhecimento no auge dos seus 30 anos e diz: Esta pedra foi tirado do Templo de Atenas, na qual Ulisses era um de seus protegidos.


Pergunto novamente: O que me intriga na figura é a mão espalmada a frente da testa, como se procurasse algo ao longe.

Neste momento começa a lição que dá nome a este pequeno texto.

Gerardo, porque o "L" nunca conseguiram pronunciar. Ulisses era um estrategista e sabia que para ter visões a longo prazo precisava ter primeiro, os pés no presente, e os olhos no futuro. A tartaruga representa o passo a passo, sólido, lento e persistente. Misturando Ulisses um bravo herói, com determinação e estratégia, juntamente a tartaruga forte, firme, lenta e persistente, não a visão que não possa ser alcançada se as ações no presente não se fizerem de forma concreta e planejada.

Creio que não preciso dizer mais nada leitor. Dentro todos os momentos dos meus 90 dias de Itália, a imagem de Ulisses sobre a Tartaruga vem constantemente em minha mente quando observo organizações que pensam que fazem, acreditam que acreditam e deixam de fazer o mais importante, fortificar o presente e pensar que o futuro depende do agora.

Que os Deuses nos protejam assim como protegeram Ulisses. Salve Atenas.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Férias de Inverno: o que a Serra Gaúcha pode mostrar a gestores de turismo de outros destinos?

Nestas férias de inverno, que são apenas para algumas pessoas, mas principalmente para os estudantes ou aqueles privilegiados que podem sair de férias duas vezes ao ano, neste período muitas são alternativas de fruição do tempo livre, visto as infinitas possibilidades existentes em nosso país ou mesmo fora dele.

O que acontece na grande maioria das vezes com as pessoas? Não sabem o que fazer. Não possuem opções. Principalmente para os moradores de cidades litorâneas e que neste período não podem frequentar as praias, já que o inverno trás consigo o frio preponderante da estação.

Os gestores de turismo então, quando chega este período se apavoram, criticam tudo e todos, coitada da tal sazonalidade, palavra de ordem nestes momentos. Ai vem a reflexão. Se temos pessoas querendo fazer alguma coisa; e,  isto quer dizer, predispostas a investirem em seu lazer; se temos tempo, variável do cotidiano extremamente encurralada pelos nossos discursos, visto que, só falamos que falta tempo, que o tempo é curto; e, que não temos tempo para nada. E, temos opções?

Como muito custo temos. Precisamos procurar, por vezes procurar muito, ou criar uma rede de relações, mesmo que on line, para que os amigos possam indicar coisas que podemos frequentar.

Ai vem a pergunta chave desta postagem: O que fazer para atrair e manter o público em qualquer tipo de estação? O que fazer para as pessoas saírem de casa, quando todos querem ficar entocados?

Acho que uma das respostas está no vídeo abaixo. Uma propoganda da CVC Turismo sobre a Serra Gaúcha. Dá uma olhadinha e depois continua lendo.



Compreendeu? Eu explico:

Primeiro de tudo. É necessário saber o que se quer? Quer dizer. Antes disto. O que se é? Em todas as imagens a fotografia como diriam os especialistas em cinema, representa a identidade da região, as características do povo, do relevo, da cultura e inclusive do nãos lugares construídos com foco na tematização.

Sabedores do que se é ou seja, conhecedores da essência do lugar, onde se quer chegar fica fácil, na qual um processo de tematização ordenada pelos períodos do ano ou por meses, juntamente com a criação de eventos que atraiam a atenção das pessoas, fazem com que o lugar seja cobiçado por aqueles que possuem tempo e que possam investir.

Necessita também de uma grande conscientização da população local, na qual a educação para o turismo e para o bem receber, aliada ao desenvolvimento do comercio e da prestação de serviços de excelência, possibilitam a fidelização dos turistas.

Porém, creio que dentre todas estas variáveis a gestão com foco na inovação constante faz com que o envolvimento de tudo e todos possibilitem ao destino um up grade tanto de forma vertical, quanto horizontal. Não se faz nada sem uma gestão compartilhada e efetiva entre iniciativa privada e pública, gerando uma mobilização social que independente dos momentos políticos ou econômicos, o povo por si só não "deixa morrer" o destino.

Na minha a estada a Ravello (Itália) e nestes últimos anos junto ao professor Domenico De Masi, não havia um único momento que em algum encontro, palestra, jantar, entrevista, De Masi não comentasse o nome da cidade de Ravello, divulgando-a e dando credibilidade aquilo que a cidade propõe.

Desta forma, se faz uma gestão efetiva e compartilhada. Cada cidadão tem que carregar consigo uma bandeira do seu destino, a bandeira da promoção do lugar. Pois a promoção aliada ao planejamento e execução de ações publicas e privadas possibilitam a geração de turistas e receitas.

O inverno passa, vem o verão, a neve cai, a praia lota de guardas-sol; e, tudo volta ao normal. Pensamento do comodista que usa o verão para pagar o inverno, ou o inverno para pagar o verão. Que mediocridade.