quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

A Criatividade como Recurso a Emoção como Requisito

"A produção de cultura e conhecimento requer criatividade, no entanto, para produzir criatividade se necessita possuir uma capacidade de gerar e perceber emoções apropriadas, abrindo um canal de comunicação entre o mundo, veiculando sentimentos, motivação, indiferença criativa, senso de descoberta e de risco"
(Walter Santagata)
A sociedade pós-moderna em que vivemos a cada dia temos apenas uma certeza: que tudo é incerto. Esta instabildiade mercadológica inovativa se observa de forma concreta nas tecnologias desenvolvidas para celulares, computadores portáteis, possibilidades de navegação na internete, criando uma sensação de que ao mesmo tempo que estas nascem já estão morrendo na sequência, quanto mais as organizações se prepraram, mais precisam estar preparadas, os concorrentes se multiplicam e neste instante você pode estar concorrendo com alguém no outro lado do planeta, crises financeiras surgem de mercados teóricamentes estáveis.
Como passar por isto? O que fazer? O que pensar e sentir? Como equilibrar-se dentro e fora do trabalho? Perguntas que fazem parte principalmente da mente de gestores e líderes, mas também, estão sobrevoando a cabeça de demais pessoas da sociedade.
No outro texto "Trabalho e prazer: as múltiplas relações na sociedade pós-moderna", apresenta uma forma simples de enterder que é possível aliar a idéia de usufruto dos momentos sejam estes de trabalho ou lazer. Apresenta também, a criação de grupos criativos com competências diferenciadas, mas que convergem a um mesmo objetivo. Para as perguntas que fiz acima, penso que só há uma reposta: estar sempre a frente, criando cultura, conhecimentos, informações, conceitos e principalmente criatividade e inovação; e, para este aspecto cabe uma reflexão sobre as emoções, na qual estas fazem uma ligação entre o ambiente e a mente.
Ainda, no texto "Trabalho e prazer..." quando trouxe a tranformação do modelo mental, o âmbito objetivo (racionalidade e habilidade) e o subjetivo (opinião, emoções, sentimentos e atitudes), e este no segundo item a mudança de atmosfera, o apelo emotivo, o imaginário a expectativa e desta forma, gerar as emoções. Estas são tão importantes para a criação de percepções ou do imaginário, que se consolidam em nossas mentes que duas pessoas no mesmo ambiente, com os mesmos recursos, possuiram perceções, sensações e emoções totalmentes diferentes. Um caso concreto do que estou falando: outro dia conversando com uma amiga quando mostrei-lhe uma foto de um concerto de música clássica ao amanhecer que pude acompanhar na cidade de Ravello, Sul da Itália, esta perguntou-me como eu havia me sentido. Respondi rapidamente que havia sido um dos momentos mais inesquecíveis da minha vida, pois ela de forma singela disse que se sentiu estranha, que não havia ficado confortável. Por mais criativos que os organizadores do evento foram, buscando gerar emoção e transformar sua ação emum momento inesquecível, para terminadas pessoas presentes pode ter haviado o processo inverso.
Gerar emoções não é fácil, principalmente emoções positivas e para isto o processo criativo é algo de fundamental importância e para isto segundo Jamerson em sua obra Postmodernism, or the cultural logic of the late capitalism, "a criatividade lembra ser mais intensa quando o indivíduo é acometido da Síndrome Maniaco-depressiva, do senso de culpa, desejo de autônomia, da atitude de risco, do anticonformismo."
Além deste processo fora dos padrões que normalmente entendemos como gênio, ou como louco, cabe também, algumas condições gerais ao processo criativo, com base em um escopo: estar preparado, ser especialista, arriscar e ser tenaz; já que, a criaitvidade é o processo na qual a mente transforma informações e combinações de conceitos produzindo novas idéias.
Aquilo que for gerado com base neste processo individual ou de grupo repercurtirá, seja na esfera do conhecer ou do reconhecer, na percepção racional do percebido, no desfrute e deleite da sensação e emoção, na manutenção ou no esqeucimento; e, este último, define se a ação criativa agregou valor ou não.
Volta e meia não sentimos um cheiro que nos lembra algum momento especial que vivemos, um cheiro especial que lembra paixões ou lugares, imagens que nos lembram vivências. Músicas que nos fazem chorar.
Este mundo das constantes tranformações e incertezas geram para aqueles atentos receptores, sensações, emoções e prazeres, criando um canal de comunicação entre ambiente, corpo e mente, possibilitando novos processos criticos e criativos.

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