sábado, 6 de fevereiro de 2010

Quando me Preocupo. Relaxo.



Creio que umas das maiores dificuldades que as pessoas estão enfrentando atualmente em nosso cotidiano é a capacidade de relaxar. Tantas são as preocupações existentes com a violência, criminalidade, falta de dinheiro, epidemias, desemprego, filhos, pais, problemas nos negócios, relacionamentos e outros fatores que por vezes nos tiram o sono.
As preocupações acarretam uma série de efeitos em nosso organismo e em nosso cotidiano, visto que ao mesmo tempo em que somos uma unidade, vivemos em comunidade, na qual o nosso mal estar acaba por vezes tendo reflexos em quem esta ao nosso redor.
Independente das patologias, físicas ou psicológicas, que deixo para os especialistas no assunto, muitos são as manifestações de ocorrências e pessoas que sofrem de preocupação, e de seus reflexos, como: depressão, distúrbios de ansiedade, hipertensão arterial, síndrome do pânico e mais algumas destas doenças da contemporaneidade, que não grande das vezes se resumem de forma muito simplista, ao não “conseguir dar conta” das obrigações cotidianas.
Depois de um estágio com o criador do Ócio Criativo, o professor Domenico De Mais, compreendi que independentemente da situação devemos ter frieza suficiente para tentar compreender nossos problemas, refletindo da causa e no efeito, nas dificuldades e nas possibilidades; principalmente nas possibilidades.
Muitos quando estão com um problema que geram preocupações, ficam remoendo sobre o problema e por vezes causam outros problemas e aumentam suas preocupações. O título é inspirado em algumas das minhas práticas nestes últimos anos.
Quando estou muito preocupado com as coisas cotidianas, busco tentar relaxar. Na verdade vou fazer aquilo que gosto, lazer. Ano passado quando tive uma das minhas maiores preocupações profissionais, convidei esposa e filhos para jantar em nosso restaurante preferido. No cardápio comida italiana e conversa sobre coisas de casa e família. Nada de papo sobre o problema.
Nesta última semana a mesma coisa, recebi uma ligação sobre um projeto importante, que me gerou certa preocupação. No final do dia fui à praia encontrar esposa e filho para um banho de mar, que durou até as dez da noite.
Estas estratégias fazem com que eu esfrie minha cabeça, pense um pouco mais e não seja tomada pelo calor do momento, que muitas vezes nos faz dizer ou fazer coisas que depois possamos entender que não foram adequadas.
Como uma das propriedades do lazer esta no desenvolvimento da criatividade, da espontaneidade e do relaxamento, isto possibilita uma melhor análise do problema e principalmente dos cenários que possam ser traçados para solucionarmos nossas preocupações.
Preocupações sempre vão existir, pois as nossas necessidades a cada dia são alteradas e como dizem os sociólogos: o atendimento de uma necessidade gera uma nova necessidade. Cabe então, qual a maneira de lidarmos com elas. Isto não quer dizer que não devemos nos preocupar, mas devemos sim não criar “monstros imaginários” ou anteciparmos problemas que por vezes podem acontecer, mas que na grande maioria das vezes não acontece.
Uma questão de atitude e de exercício, pois se desvincular das preocupações e principalmente não levá-las para si e para os outros é algo que requer tempo.
Tá estressado? Vá pescar, surfar, jogar...

Um comentário:

  1. Bom... muito bom esse artigo, nos faz pensar na inversão de valores frente a nossa postura e em como enfrentar os "problemas" de forma mais produtiva e criativa.

    Parabéns pelo belo artigo...

    Vitor Hugo

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