segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A Magia das Telas Brilhantes: a transformação do educar

Tenho pensado constantemente sobre a revoluçãodo processo educacional que estamos vivenciando neste século, já que a cartilha didática da minha primeira série que minha mãe guardou durante tantos anos e que hoje faz parte da minha estante de livros, ela já esta ultrapassada para meu filho de 4 anos; e, vejam vocês, na época eu tinha 7 anos.

Vocês poderiam dizer: Geraldo, os tempos mudaram, aquele livro didático evoluiu e hoje a cartilha é outra.

Pois bem. Pode ser que sim, mas creio que não existe cartilha que dê conta nos dias de hoje das necessidades de aprendizado dessa juventude que sei lá como serão chamadas. X, Y. Os nascidos a partir de 1980, 1990. Poderíamos chamar quem sabe os que nasceram de 2000 até hoje de Geração Global, ou se quisermos uma nome mais bonito e americanizado poderiamos chamar de Global Generation. Fica bonito mesmo.

Independente de qualquer forma de classificação ou rótulo, sei que eu e meus amigos que tiveram filhos no milênio de 2000,  já estão com os filhos digitando seus nomes e derivações do www.algumacoisa.com sem mesmo antes de aprenderem a segurar um lápis ou mesmo uma caneta. João Vitor (04 anos) abduzido pela tela magica do seu celular, ops! aqui que abrir um parênteses. O celular que me refiro fio um aparelho que não queríamos mais, por que estas coisas agorasão descartáveis; e, ele simplesmente adotou como o seu celular. O que ele faz? Joga. Continuando e fechando o parênteses. João Vitor então dá um grito de seu quarto, dizendo: pai, não consigo terminar o meu nome. Perguntei a minha esposa: terminar o nome, como assim? Ela com a sua magistral habilidade materna disse: Vai ver o que ele tá fazendo. Corri. Quando chego no quarto a surpresa. O cara tinha batido o recorde do jogo e já tinha escrito joaov.

Como não tinha mais espaço para a inserção dos caracteres ele ficou brabo por que o nome ficaria incompleto. Outro dia em uma reunião, um dos meus colegas relata que ao chegar em casa observa o filho jogando video game com o computador ao lado conectado ao Google para saber quais as formas de truques para passar as fases do jogo.

Essas telas mágicas. Imaginem que alguém possa digitar antes de escrever? Hoje não olho mais com negatividade o aluno que entra em sala de aula e a primeira coisa que faz é tirar seu super notebook da mochila e apoiar sobre a mesa escolar. São os cadernos do futuro; e, para completar ainda complementam a aula com as informações obtidas pelos blogs, fóruns e wikipedias.

Quanta modernidade desta Global Generation. Inglês? Vão todos nascer com este aplicativo. Aqui cabe duas historinhas.

A primeira vem sendo do João Vitor o protagonista das minhas aventuras como pai-educador. 8 horas da manhã o galego já esta acordado para ver o desenho Word World. Algum criativo, que com certza não viu o filme De volta para o futuro, ou nem mesmo usou Rider de borracha, ou comeu balas xa xa, criou um desenho na qual os bonecos e qualquer objeto traz no traço o seu nome em inglês. Então, a casa que se chama House, tem o formato das letras que forma House. Sinistro, como digo aos meus alunos de graduação.

E, lá esta o camaradinha de 4 anos repetindo as palavras em inglês passadas na tela mágica brilhante.

Outra para fechar as quantidades de histórias desta postagem, foi uma ligação de meu cunhado de 17 anos, que é fluente em inglês desde os 9. Me perguntava: Tô fazendo comercio exterior, já sei falar inglês que outro idioma tu achas que preciso aprender. De pronto e sem pestanejar lhe falei: querido é o Mandarim, só que como demora um pouco mais para aprender, vai fazendo espanhol junto.

O mundo das telas mágicas brilhantes fazem até o cachorro da família sentar-sena frente para ver o que esta aocntecendo no mundo, quem dirá as criaturas ditas racionais.


Então, temos uma situação: como educar, se já estamos sendo educados desde que nascemos. Alfabetização? Aquela que acontecia na escola, esta pra mim tem mais cara de um complemento do que qualquer outra coisa. Livro? Já tem  até Monteiro Lobato virtual.

É professores, educadores e pedagogos, muito cuidado quando entrarem nas salas de aulas, quem sabe o aluno pode entender mais da matéria do que você, ou te perguntar se você viu na internet as últimas notícias que aconteceram no mundo.

Tudo isto é possivel; e, ainda, possivelmente teremos que a cada dia nos adaptar as telas brilhantes, que realmente são muito mais interessantes que os quadros negros, ou brancos. Que elas brilhem para o bem e para o nosso desenvolvimento.

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